domingo, 30 de maio de 2010

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO

- introdução

João 15:14 Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.

   Existe algo de relevante consideração nesse versículo. Jesus estabelece uma condição para a amizade com Cristo: obediência. Agora imaginemos uma situação. Um soldado, submisso ao seu superior, é ordenado a ir para um determinado lugar e cumprir todas as suas ordens. Ele, prontamente, atende ao mandamento do seu superior. Chega no local e... e existe um grande problema. Ele não sabe quais são as ordens do seu superior. Como cumpri-las?

   Não é diferente com o Senhor. Para sermos amigos de Cristo, precisamos conhecer seus mandamentos. Acho que não é preciso falar de que maneira podemos conhecer. Mas caso ainda exista algum crente com essa dúvida, eu aconselho a ler 2 Timóteo 3:16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça. Lembre-se que as escrituras são a nossa única fonte (regra) de fé e prática para agradar a Deus.

   Portanto fica evidente a importância de se conhecer o Senhor. Não adianta orar muito, adorar bonito, se você não tem a real noção do que suas palavras significam, de quem você glorifica, do porque você glorifica, enfim, sem o conhecimento da palavra de Deus, toda sua boa vontade não vai produzir os frutos perfeitamente agradáveis ao Senhor.

   Então, segue o tema: Por que conhecer a Deus?

- para não morrer na fé

   Sustendo a idéia de que uma vez que a pessoa se converte, ela pra sempre será convertida. Mas isso não te isenta de viver de maneira que sua fé tenha resultados maiores do que aleluias e glória a Deus. Em 2 Pedro1:10 diz: Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis. Evidente que o eleito do Senhor, por ter o Espírito Santo vivendo em si, sente a necessidade de viver de maneira que agrada ao Senhor. Mas isso não o isenta de ter que estudar a palavra. A palavra mesmo nunca nos aconselhou a viver de outra maneira que não seja estudar a palavra, viver apaixonado pelo conhecimento da palavra. Os primeiros capítulos de provérbios “dedicam” muitos versículos à importância do conhecimento. Mas nada tão forte quanto Oséias 4:6 O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos. Alguém consegue ler “o meu povo tem sido destruído porque falta um louvor emocionante? Ou porque lhe faltou um templo bem confortável? Ou porque eles moram longe da igreja? Ou por qualquer outra coisa que sua mente, que vive inventando desculpas, conseguiu enxergar? Não se engane. Você tem sido destruído, massacrado porque lhe falta conhecimento. E muitos que estavam prestes a se converter, intensos na vontade de ter um encontro pessoal com o Senhor, acabaram afundando e preciso falar por quê? FALTOU LHE CONHECIMENTO.

   No século 17, Francis Bacon diz "Conhecimento é Poder". Ele foi totalmente feliz em sua colocação, ainda que o contexto tenha sido diverso, pois ele se aplica diretamente aqui. Portanto, não despreze a doutrina, pois ela te manterá de pé, e fará com que as pessoas que você ama e as quer vivas eternamente permaneçam firmes em Jesus (Romanos 6: 17-18 Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.Veja que obedecendo a doutrina, e portanto conhecendo-a, você será livre da escravidão do pecado).

- Pois é a maneira (direta ou indireta) de agradar a Deus

2 Pedro 1:1-3 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude.

   Perceba a sublime verdade apresentada pela palavra da verdade aqui. Sabemos que até nossos atos mais caridosos são como trapos sujos diante do Senhor. Que nada que façamos ter, em si, valo para o Senhor. Mas por causa de Cristo, nossas ações de bondade são aceitas pelo Senhor como algo agradável. Na série “Todo mundo odeia o Cris”, em um episódio singular, na tentativa de agradar a sua mãe, Cris resolve comprar o puro voodoo (perfume), mas no fim, ele não tinha dinheiro, ele depois de tentar até roubar, resolve comprar um “paralelo” com o Perigo (acho que é esse o nome do personagem). Porém o perfume tem efeitos colaterais desastrosos na mãe do Cris. No fim das contas ela lhe da uma lição de moral interessante, que é o que nos importa aqui. Ela mostra os presentes antigos que Cris lhe dera. Era chinelos de macarrão, colar de macarrão, brincos de macarrão, enfim, muita coisa de macarrão. Tais coisas não têm valor algum. Ela nem se quer poderia usar, pois eram, além de ridículos, inutilizáveis por razões óbvias. Mas ela guardou todos, e disse que tais presentes ela considerou muito, pois foram feitos com o mais sincero empenho e amor. Assim também é para com Deus. Nossas ações são aceitas pelo soberano por causa dele mesmo. É uma forma indireta de agradar a Deus pois é fruto do conhecimento.Pois ele nos ama. Simples assim. Se não fosse assim, Deus se limitaria ao homem para fazer acontecer coisas boas, mas Deus é soberano e Ele faz acontecer o que ele quiser, quando quiser, com quem ele quiser, pois ele é Deus Todo-Poderoso! Não se iluda. Mas Deus nos dá o privilégio de “fazer” algo por Ele, como ação de graças. Nossas boas atitudes agradam o Senhor. Poderia parar aqui, pois agradar o Senhor é o desejo mais ardente do coração da pessoa convertida. Não necessitaria mais explicações. Mas por fins didáticos, continuo.

Então surge uma possível objeção: “Mas esse texto é para os não convertidos”. Será? Olha o que 2 Pedro, no versículo 12: Por isso não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade. Lembrando que o contexto é o mesmo do versículo analisado neste tópico. Percebe que o texto se refere a pessoas que também conhecem já estas coisas. Tanto eu como você sabemos que temos que ser bons. Pois isso agrada a Deus e edifica nossa alma. Mas o texto nos impele a exortar-nos, SEMPRE, acerta de sermos bons.

Mas com todo esse raciocino, se voltarmos à parte destacada  nos versículos em que o tópico se embasa ("...o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento...") , veremos que ter uma vida piedosa, ser bonzinho, fazer coisas boas, só é possível mediante conhecimento do Senhor Jesus. E, por favor, imploro para que não pense que conhecer o Senhor Jesus é apenas saber que “ele morreu para me salvar”. Do contrário, não teria sentido esse texto ser endereçado também aos crentes. Nem mesmo Deus dizer em Oséias 4:6 que o seu povo tem sido destruído por falta de conhecimento, pois o seu povo sabia da existência do Deus Todo-Poderoso.

   Estudar a Palavra do Senhor é adoração. É agradar o Senhor diretamente e tem tanto valor e peso (se não mais) do que cantar com intensidade do coração. É dizer que o ama e por amá-lo quer conhecê-lo (afinal, todo mundo quer conhecer mais sobre quem se ama, pois não se ama o que não se conhece). Agradar indiretamente pelo conhecimento é praticar boas obras segundo o conhecimento que se Senhor.

- conclusão

   O bem mais precioso do Cristão é conhecer o Senhor. Através do conhecimento o crente é santificado, instruído, e cresce no Senhor. Fica forte para superar seus erros, fica mais parecido com Cristo, e forte para não cair em erros tenebrosos que ferem o coração do eleito ou o afastam por um tempo da comunhão pela com o Senhor. Terrível situação. Para quem conheceu o Senhor um dia, é a pior dor que se pode sentir nessa terra. É o pior castigo. É a mais intensa solidão e insatisfação.
   Não se engane. É conhecendo o Senhor que você será mais intenso em seus cânticos de louvor, em suas ações de gratidão, em sua vida como filho de Deus.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Teologia da Prosperidade(?)


- o que é


   A teologia da prosperidade é uma espécie de pensamento que tem dominado o cenário daqueles que se dizem Cristãos. Ela tem um encontro marcante com as denominações neopentecostais, e encontram simpatia de algumas denominações pentecostais. Em raros casos (felizmente) tem laços com denominações tradicionais.
   O pensamento difundido pela teologia da prosperidade é o de que você é um vencedor (mais que vencedor), um filho do Rei, e como tal deve viver e pensar como um, e não viver como um derrotado. Você deve exigir seus direitos por ser um príncipe de Deus. Deve determinar a cura, declarar a benção, amarrar a enfermidade e as portas fechadas, receber a promessa, e assim por diante. Tudo que um filho de rei pode e deve fazer. Esse pensamento da muito valor ao homem, colocando ele no centro do universo, por isso classificado de um movimento antropocêntrico.

- o erro

   O erro da teologia da prosperidade se encontra no fato da inversão de posição. Os adeptos da teologia da prosperidade ao se considerar príncipes, esquecem que ainda são menores que o rei e se passam por senhores, fazendo de Deus um empregado, bem adestrado para, se pronunciadas as palavras mágicas, atender ao desejo. Um verdadeiro gênio da lâmpada, que só não chama seu dono de Senhor, pois ele pode se irar e deixá-lo sozinho (que pena, imagina Deus sem o afeto deste “servo”... ele ficaria tão triste). Portanto, na teologia da prosperidade Deus deixa de ser senhor, soberano e absoluto sobre todas as coisas, e passa a atuar limitadamente, segundo a “irresistível” vontade do homem.
   Se você ao ler isso ficou indignado, parabéns! Você é mais um que percebeu o nojo da teologia da prosperidade, também conhecida por confissão positiva. O problema é que às vezes essas idéias vêm disfarçadas. São camufladas em “testemunhos” que constantemente fazem surgir modas e regras para ser bem sucedido. Porém tais idéias são desprovidas de fundamentos bíblicos ou, não raramente, provenientes de textos bíblicos mal interpretados, por estarem fora de contexto, ou absurdamente mal analisados em si.

- A teologia triunfalista versus teologia bíblica

  Antes, vale a pena conferir um relato bíblico:
  
“O problema não é de hoje. É multissecular. O profeta Jeremias fazia o que podia para convencer os reis e o povo de Israel da famosa tríade que estava para chegar a qualquer momento: a guerra, a fome e a peste (Jr 14.12; 21.7; 24.10; 27.8; 29.17; 32.24; 34.17; 38.2; 42.17; 44.13). Enquanto isso, o profeta Hananias, no mesmo lugar e para o mesmo público, profetizava “prosperidade” (Jr 28.9, NVI e BP), ou “paz” (NTLH, ARA e BV), ou “felicidade” (Tradução da CNBB). Um e outro usavam a mesma introdução: ‘Assim diz o Senhor’”. [1]
   Não sou contra, de forma alguma, o triunfo do crente. Não quero dizer que devemos nos apegar à miséria e nem nos acomodar com ela. O caso simplesmente mostra que um falava a verdade, realmente uma mensagem de Deus, e outro, usando do crédito que os profetas tinham, pregava segundo seus interesses e não os de Deus. Somente um poderia estar certo. Hoje temos de um lado os profetas da prosperidade, pregando um evangelho de “vida vitoriosa” e outro que prega que a nossa vitória é Cristo, e que apesar de carentes de bênçãos nessa terra, a maior riqueza é o conforto de ter Jesus no coração para superar qualquer dificuldade no poder de Seu amor. Não tenho nada contra a prosperidade do Cristão (se ela não se tornar o Senhor da vida dele, é claro! - Mt 6:24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas). Sou contra a chamada “teologia” que está por traz da confissão positiva (as boas novas da prosperidade). Seus rastros são clássicos. Arrastam multidões que querem se agarrar a uma esperança para calar o desespero da sua alma e encontram um descanso temporário no evangelho da riqueza. Mas com o tempo, depois de exigir, determinar, decretar, profetizar (?) e as bênçãos não surgirem como previsto, essas pessoas não conseguem mais acreditar em Deus, ou tem por ele um descrédito imenso. No lugar de tudo isso, a Palavra do Senhor oferece um descanso verdadeiro, sobre o evangelho verdadeiro de Jesus. De pessoas que querem prosperar sim, mas que tem como fim máximo do seu coração prosperar sua alma em santidade e retidão para com Deus. O verdadeiro evangelho oferece Paz no meio da tribulação, coisa que dinheiro algum pode comprar. Chega de barganhar com Deus, de fazê-lo de empregadinho. Voltemos ao evangelho puro e simples!

[1] Texto “Hananias, o mago da prosperidade”. Site Revista Ultimato

sábado, 15 de maio de 2010

Como rebater o homossexualismo moralmente?

   Devido à dificuldade recente de lidar com os posicionamentos pseudo-amorosos com relação à homossexualidade, muitos cristãos tem tido dificuldade de tomar posições coerêntes e bem aceitas, baseadas apenas na moral e não (diretamente) da bíblia.
   Confesso que minhas estratégias para dar uma resposta racional a este tema tão polêmico, tem sido um tanto que cansativa. Digo isso pois o caminho que sigo é um tanto que demorado e pode levar a outras dúvidas e o foco acaba sendo desviado. Já optei por provar que existe uma moral universal e que essa é segundo o padrão teísta. Em seguida fiz uma defesa bíblica da moral universal, e que essa moral condenava o homossexualismo. Infelizmente isso acabava gerando a demorada explicação da confiabilidade das escrituras (que, particularmente, acho empolgante elucidar tal tema). Mas dando aquela "fuçada" no bereianos, acabei vendo um post do Doutor Will Lane Craig que achei fantástico. Acho que é um bom argumento a favor da moral universal, como também um argumento contra o homossexualismo. Vale lembrar aqui que não sou contra o homossexual, enquanto pessoa. Se você é um homossexual e está lendo isso aqui, saiba que eu te curto, meu velho(!). Só não aprovo a prática homossexual. Em outros quinhentos: Curto a pessoa e não o que ela faz da vida dela. Eis aqui então o genial post do Dr. Craig:

   ... "não é difícil demonstrar que o comportamento homossexual é um dos comportamentos mais auto-destrutivos e prejudiciais que uma pessoa pode se envolver. O fato não é publicamente divulgado. Hollywood e a mídia inflexivelmente tendem a colocar um ar de alegria sobre ahomossexualidade, enquanto na verdade é um estilo de vida depressivo, perturbador e perigoso, tão viciante e destrutivo quando o alcoolismo ou o fumo. Mas as estatísticas que eu vou compartilhar com você estão bem documentadas pelo Dr. Thomas Schmidt no seu memorável livro Straight and Narrow? .

   Para começar, existe uma quase compulsiva promiscuidade associada com o comportamento homossexual. 75% dos homens homossexuais têm mais de 100 parceiros durante toda a vida. Mais da metade desses parceiros são estranhos. Apenas 8% dos homens homossexuais e 7% das mulheres homossexuais têm relacionamentos que duram mais de três anos. Ninguém sabe a razão dessa promiscuidade estranha e obsessiva. Pode ser que os homossexuais estão tentando satisfazer uma profunda necessidade psicológica através das relações sexuais, necessidade que nunca é satisfeita. Homens homossexuais têm em média 20 parceiros por ano. De acordo com o Dr. Schmidt,
   "O número de homens homossexuais que experimenta algo como fidelidade vitalícia se torna, falando estatisticamente, quase sem sentido. A promiscuidade entre homens homossexuais não é um simples estereótipo, e não é simplesmente a experiência maioritária - é praticamente a únicaexperiência. Fidelidade vitalícia é quase não-existente na experiência homossexual."
   Aliada à promiscuidade compulsiva o uso de drogas é difundido entre os homossexuais para aprofundar suas experiências sexuais. Os homossexuais de um modo geral são três vezes mais propensos a terem problemas com bebidas do que a população média. Estudos revelam que 47% dos homens homossexuais têm um histórico de abuso de alcoól e 51% têm um histórico de abuso de drogas. Há uma correlação direta entre o número de parceiros e o nível de drogas consumidas.
   Além do mais, de acordo com Schmidt, "Existem enormes evidências de que algumas desordens mentais ocorrem com muito mais frequência entre homossexuais." Por exemplo, 40% dos homens homossexuais tem um histórico de depressão profunda. Os homens de um modo geral apresentam um histórico de depressão de apenas 3%. De forma similar, 37% das mulheres homossexuais têm um histórico de depressão. Isso leva a um alto índice de suícidio. Os homossexuais são três vezes mais propensos a tentativas de suícidio do que a população média. De fato, homens homossexuais tem um índice de tentativa de suícidio seis vezes maior do que dos homens heterossexuais, e as mulheres homossexuais tentam se suicidar duas vezes mais do que mulheres heterossexuais. Nem a depressão nem o suícidio são os únicos problemas. Os estudos revelam que os homossexuais são mais propensos à prática de pedofilia do que os homens heterossexuais. Qualquer que seja a causa dessas desordens, o fato é que qualquer um que considere a possibilidade de se envolver num estilo de vida homossexual não pode se iludir sobre onde ele está entrando.
   Outro segredo bem guardado é quão fisicamente perigoso o comportamento homossexual é. Não vou descrever o tipo de atividade sexual praticada pelos homossexuais, mas deixe-me dizer que nossos corpos, macho e fêmea, foram desenhados para o intercurso sexual de uma forma que os corpos de dois homens não foram. Como resultado, a atividade homossexual, 80% é de homens, é muito destrutiva, resultando em problemas como danos à prostáta, úlceras e rupturas, incontinência crônica e diarréia.
   Além desses problemas físicos, as doenças sexualmente transmissiveís são muito disseminadas entre a população homossexual. 75% dos homens homossexuais têm uma ou mais doenças sexualmente transmissíveis, não incluindo a AIDS. Isso inclui todo o tipo de infecções não-virais como gonorréia, sífilis, infecções bacterianas e parasitas. Também é comum entre os homossexuais doenças virais como herpes e hepatite B (que afeta 65% dos homens homossexuais), ambas sendo incuráveis, bem como a hepatite A e verrugas anais, que afetam 40% dos homens homossexuais. E eu sequer incluí a AIDS. Talvez a mais chocante e terrível estatística é que, deixando de lado aqueles que morrem devido a AIDS, a expectativa de vida do homem homossexual é de 45 anos aproximadamente. E a do homem comum é de 70 anos.Se você incluir aqueles quem morrem de AIDS, que agora afeta 30% dos homens homossexuais, a expectativa de vida cai para 39 anos de idade.
   Então eu acredito que se pode fazer uma boa defesa de que o comportamento homossexual é errado apenas baseando-se em príncipios morais aceitos geralmente. Assim, totalmente à parte da proibição Bíblica, existem boas razões para considerar a atividade homossexual como errada."

Autor: William Lane Craig

Obs: Moral Universal é o termo que eu uso (não sei se corretamente) para falar de uma moral que independe as variações que o homem corrupto faz. É A moral correta. É a moral que emana do próprio criador da moral, do ser que é totalmente perfeito em todos os seus caminhos. É a moral que julga todas as variações do que se diz ser moral. É incorrupta e, no que diz respeito a seus princípios fundamentais, imutável desde sempre e para sempre.

domingo, 9 de maio de 2010

Argumentos que favorecem a confiabilidade das escrituras

A Bíblia é Única:


O dicionário define “único” como: “Que é um só; de cuja espécie não existe outro; exclusivo, excepcional; a que nada é comparável; superior a todos os demais”.

A Bíblia é única na sua coerência:

Foi escrita durante um período de mais de 1500 anos

Foi escrita durante mais de 4 gerações.

Escrita por mais de 40 autores, envolvidos nas mais diferentes atividades, inclusive reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, estadistas, estudiosos, etc.

à Moisés, um líder político que estudou nas universidades do Egito

à Pedro, um pescador

à Amós, um boiadeiro

à Josué, um general

à Neemias, um copeiro

à Daniel, um primeiro-ministro

à Lucas, um médico

à Salomão, um rei

à Mateus, um coletor de impostos

à Paulo, um rabino

   Escrita em diferentes lugares: Moisés no deserto; Jeremias numa masmorra; Daniel numa colina e num palácio; Paulo dentro de uma prisão; Lucas enquanto viajava; João na ilha de Patmos; Outros nos rigores de uma campanha militar.

   Escrita em diferentes condições: Davi em tempos de guerra; Salomão em tempos de paz.

   Escrita sob diferentes circunstâncias: Alguns escreveram enquanto experimentavam o auge da alegria, enquanto outros escreveram numa profunda tristeza e desespero.

   Escrita em três continentes: Ásia, África e Europa.

   Escrita em três idiomas: Hebraico, Aramaico e Grego.

   A Bíblia trata de centenas de temas controversos (que pode gerar opiniões divergentes quando mencionado ou discutido), porém os autores bíblicos falaram com harmonia e coerência, desde Gênesis até Apocalipse. Há uma única história que vai se revelando: “A redenção do homem por parte de Deus”.

Única em Circulação:

   A Bíblia é o livro mais lido e publicado (inclusive em outras línguas) em todo o mundo. Em 1932 foram publicadas 1.330.213.815 Bíblias, nenhum livro em toda a história alcançou tal número. Isso não prova que a Bíblia seja a palavra de Deus, mas mostra que em termos de circulação ela é única.

Única em Tradução:

   A Bíblia é o livro mais traduzido, retraduzido e parafraseado da história. Até 1966 a Bíblia completa havia sido traduzida em 1.280 línguas. Em 1950 e 1960, 3 mil tradutores estiveram trabalhando para traduzi-la. A Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento) foi a primeira tradução de um grande livro a ser feito.

Única em Sobrevivência:

   Sobrevivência através dos tempos: Ser escrita em material perecível, tendo que ser copiada e recopiada durante centenas de anos, antes da invenção da imprensa, não prejudicou seu estilo, exatidão ou existência. Comparada com outros escritos antigos, a Bíblia possui mais provas em termos de manuscritos do que, juntos, possuem os dez textos de literatura clássica com maior número de manuscritos. Os judeus a preservaram como nenhum outro manuscrito foi jamais preservado. Com a massora eles verificavam atentamente cada letra, sílaba, parágrafo e palavra. Dentro de sua cultura, eles dispunham de grupos de homens com funções específicas, cuja única responsabilidade era preservar e transmitir esses documentos com uma fidelidade praticamente perfeita, esses homens eram chamados escribas, copistas e massoretas. Quem alguma vez contou as letras, sílabas e palavras dos textos de Platão, Aristóteles, Cícero ou Sêneca?

   Sobrevivência em meio a perseguição: Como nenhum outro livro a Bíblia tem sido o livro mais perseguido de toda a história. Desde o tempos os imperadores romanos até o atual comunismo. Muitos tentaram profetizar a sua extinção, e estes morreram e ela permaneceu intacta até hoje. Muitos perderam as suas vidas para protegê-la, por simplesmente tê-la em suas casas. Milhares já foram queimadas em praças públicas, porém ela sobreviveu a tudo isto.

   Sobrevivência em meio às críticas: Durante 18 séculos, incrédulos tem refutado e criticado esse livro, e, no entanto ele resistiu a tudo. Uma dessas criticas pesava sobre o Pentateuco (os 5 primeiros livros de Moisés). Afirmava que Moisés não poderia tê-lo escrito pois não havia na época escrita alguma. Mas então descobriram o “obelisco negro” de data pré-mosaica (3 séculos antes de Moisés) onde haviam letras cuneiformes e leis de Amurabe. Isto calou a boca dos críticos. Outro exemplo era a respeito dos Heteus. Diziam que este povo eram um mito e que nunca existiram, hoje a arqueologia tem comprovado que o povo Heteu existiu como a Bíblia relata. Apesar de todo o esforço dos críticos em tentar tirar os créditos da Bíblia todo o esforço tem sido em vão. Muitos destes críticos quando buscam seriamente as respostas chegam a uma conclusão: A Bíblia tinha razão!

Única nos ensinos:

   Profecia: A Bíblia é o único livro que contém profecias específicas e detalhistas a cerca de nações, povos, pessoas e cena mundial. Ela foi capaz de não somente profetizar acontecimentos a respeito de Israel, mas também das nações da época. E todas as suas profecias se cumpriram fielmente.

   História: Os livros de I Samuel até II Crônicas e a tabela das nações de Gênesis 10, são relatos históricos surpreendentemente exatos. Fonte de consulta de vários historiadores no meio secular.

   As pessoas descritas: A Bíblia é um livro que não poderia ser escrito simplesmente por vontade humana, pois ela descreve em detalhes as características de seus personagens, não importando se estas características fossem boas ou ruins. Por que alguém com intuito de escrever um livro santo colocaria os piores defeitos já vistos em seus personagens? Pois estes personagens certamente, seriam alvo de imitação. E por incrível que pareça com todos esses defeitos tais personagens eram chamados de santos, homens segundo o coração de Deus, homens que o mundo não era digno de tê-los.

Única na influência sobre a literatura:

   Se todas as Bíblia do mundo fossem destruídas seria possível restaurá-la a partir das citações, resumos, biografias e mesmo livros seculares. São dicionários bíblicos, enciclopédias bíblicas, léxicos bíblicos, Atlas bíblicos, livros de geografia bíblica, educação religiosa, cânticos, hinos, missões, línguas bíblicas, história da igreja, biografia religiosa, devocionários, comentários bíblicos, filosofia da religião, provas do cristianismo, apologética, e assim por diante. Certamente é a fonte de maior influência bibliográfica já procurada em toda a história da literatura.

Conclusão:

   Tudo que foi dito acima, não prova que a Bíblia é a palavra de Deus, mas prova que ela é o maior livro da história da humanidade, pois nenhum livro possui tamanhas credenciais.
   A Bíblia foi o primeiro livro religioso a ser levado para o espaço sideral (ela foi em forma de micro filme) é o primeiro livro lido que descreve a origem da Terra.
   É também um dos livros mais caros (senão o mais caro). A Bíblia Vulgata Latina de Gutenberg custa mais de 100.000 dólares. Os russos venderam o Códice Sinaítico (uma antiga cópia da Bíblia) à Inglaterra por 510.000 dólares.
   E, finalmente, o mais longo telegrama do mundo foi o Novo Testamento na Edição Revista, enviado de Nova Iorque a Chicago, duas cidades norte-americanas.

Extraído do livro "Evidências que Exigem um Veredicto I", de Josh Mcdowell. Editora Candeia

sábado, 8 de maio de 2010

Os cinco "solas" em protesto

1. Sola Scriptura - somente pela Bíblia


Protestamos contra o abandono da Sola Scriptura. Reafirmamos que somente a Bíblia deve ser nossa única regra de fé e prática, a "carta magna" dos evangélicos. Assim o fazemos pois cremos que Deus é seu Autor. Hoje, muitos evangélicos pregam, não a Bíblia, mas o personalismo, o materialismo, o curandeirismo, o profetismo, a auto-ajuda e o misticismo. Tudo isso escorado em falsas visões e revelações, as quais contradizem o ensino claro da Palavra de Deus. Protestamos contra todo tipo de bispo, apóstolo, pastor que colocam sua palavra no mesmo grau de autoridade da Bíblia. Protestamos ainda contra a falta de incentivo dos líderes em estimular os leigos à leitura da Bíblia, criando, assim, um ambiente que permita o questionamento e o aferimento dos ensinos e do modo de vida da própria liderança.

2. Solo Christo - somente por Cristo

Protestamos contra o abandono da doutrina do Solo Christo. Reafirmamos que a salvação de cada homem ocorre somente por meio da obra infalível de Jesus Cristo. Muitas igrejas evangélicas brasileiras não mais anunciam "somente Cristo", mas sim a salvação mediante exorcismos, dízimos e uma obediência cega aos líderes, os quais, na verdade, são falsos mestres que, pregando a si mesmos, adicionam outras obras como necessárias à salvação. Assim, por sórdida ganância, enganam o povo. Essas mazelas no meio dos cristãos já foram profetizadas pelo próprio Messias, como bem demonstram os Evangelhos e as epístolas de Paulo, Pedro e João. Somos bem-aventurados quando perseguidos somente por causa de Cristo, mas jamais pelo mau testemunho dos cristãos evangélicos.

3. Sola Gratia - Somente pela graça

Protestamos contra o abandono da doutrina da Sola Gratia. Reafirmamos que é Deus, somente por sua graça, Quem vai ao encontro do homem para salvá-lo. Protestamos contra as mais variadas barganhas em troca de favores divinos. Protestamos contra um "evangelho" antropocêntrico, centrado no homem. Protestamos contra uma igreja que se preocupa mais com o marketing e outras formas de agradar sua clientela, do que proclamar a simples mensagem da maravilhosa graça por meio de Cristo Jesus aos pecadores. Protestamos contra a pregação de uma graça barata que não fala do arrependimento dos pecados e da necessidade do poder transformador de Deus para viver a vida cristã. Protestamos contra quaisquer outros meios estranhos aos ensinos das Escrituras para a obtenção da salvação ou qualquer outra graça.

4. Sola Fide - Somente pela fé

Protestamos contra o abandono da doutrina da Sola Fide. Reafirmamos, neste nobre estandarte do protestantismo, o ensino da justificação do homem somente pela fé, e não por meio de quaisquer obras. Assim cremos, pois a Bíblia afirma não haver obra humana capaz de cobrir o pecado. A fé, pura e simples em Jesus, é suficiente porque a Sua obra é suficiente para salvar o pior dos pecadores. Protestamos contra a ressurreição de novas formas de indulgências que obscurecem a salvação somente pela fé. Exemplo disso é a compra de "objetos abençoadores", aquisição de produtos ungidos e pregação de fórmulas de prosperidade financeira e emocional. Protestamos contra coerção para a entrega de bens e dinheiro, abusando da boa fé e ingenuidade dos fiéis que, assim, tornam-se presas de lobos disfarçados de pastores. Protestamos contra o abandono do princípio de doações voluntárias segundo o exemplo do livro de Atos dos Apóstolos e a recomendação da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios. Protestamos contra as igrejas evangélicas que associam a salvação à qualquer observância de regras extrabíblicas que não podem salvar o homem de seu pecado e muito menos conduzi-lo verdadeiramente a Deus.

5. Soli Deo Gloria - Somente para a glória de Deus

Acima de tudo, protestamos contra o abandono da doutrina da Soli Deo Gloria . Reafirmamos que toda glória seja dada somente a Deus. Protestamos contra evangélicos que glorificam suas próprias obras, suas igrejas, seus templos, seus líderes e seus fiéis, mas não glorificam com suas vidas ao Deus Único e Verdadeiro. Protestamos contra aqueles que quebram a Lei de Deus, especialmente os Dez Mandamentos, para executar sua própria lei, roubando, mentindo, enganando a sociedade brasileira e maculando o sublime nome de Cristo do qual afirmam que são discípulos. Protestamos contra a prática pecaminosa e imoral de agentes políticos para beneficiar somente às igrejas evangélicas ao invés de se buscar o bem comum a todos os cidadãos brasileiros. Protestamos contra líderes que oferecem seus púlpitos à propaganda política em troca de favores. Protestamos contra todos aqueles que ambicionam a sua própria glória. Protestamos contra a quebra egocêntrica dos dois maiores mandamentos: amar a Deus e ao próximo.

por: bereianos.blogspot.com

Mais alterações - Explicação de apologética ofensiva/defensiva

   Graça e Paz do nosso Senhor Jesus (espero que você seja um dos incluídos no "nosso"). Pois bem, sem mais delongas, eis a alteração.

Novo tópico: Apologética - Geral, onde procurarei tratar de assuntos que defendem a fé perante as não denominações, contra o ateísmo, contra os sofismas e falácias modernos, dando argumentos de apologética ofensiva e de apologética defensiva. Fica a lição do Dr. Craig sobre o que é apologética ofensiva e defensiva:

   "O campo da apologética pode ser, a grosso modo, dividido em dois tipos: apologética ofensiva (ou de afirmação) e apologética defensiva (ou de negação). A apologética ofensiva tenta apresentar uma defesa pela afirmação das verdades do cristianismo. A apologética defensiva tenta anular objeções a essas afirmações. A apologética ofensiva tende a subdividir-se em duas categorias: teologia natural e evidências cristãs. O encargo da teologia natural é fornecer argumentos e evidências que apoiem o teísmo, ou a existência de Deus. Os argumentos ontológico, cosmológico, teleológico e moral favor da existência de Deus são exemplos clássicos do projeto da teologia natural. O objetivo das evidências cristãs é mostrar por que o teísmo especificamente cristão é verdadeiro. Entre as evidências cristãs típicas encontram-se o cumprimento de profecias, as afirmações radicais de Cristo sobre si mesmo, a credibilidade dos evangelhos e assim por diante. Uma subdivisão semelhante se encontra na pologética defensiva. Na área correspondente à teologia natural, a apologética defensiva responderá às objeções ao teísmo. A suposta incoerência  do conceito de Deus e do problema do mal dever ser as questões principais aqui. Correspondendo às evidências cristãs teremos a defesa contra as objeções ao teísmo bíblico. As objeções ao relato bíblico levantadas pela crítica bíblica moderna e pela ciência contemporânea dominam esse campo.
   Na prática, porém, essas duas perspectivas fundamentais - ofensiva e defensiva - podem se unir. Por exemplo, uma maneira de apresentar uma defesa para o problema do mal seria propor um argumento moral de afirmação em favor da existência de Deus exatamente com base no mal moral no mundo. Ou, ao fazer uma defesa da afirmação da ressurreição de Jesus, podem-se rebater objeções levantadas pela crítica bíblica à credibilidade histórica do Novo Testamento. Mesmo assim, a tarefa geral dessas duas perspectivas permanece bem distinta: o objetivo da apologética ofensiva é demonstrar que há boas razões para crer que o cristianismo é verdadeiro, enquanto o objetivo da apologética defensiva é demonstrar que até hje não se apresentou nenhuma boa razão para pensar que o cristianismo é falso." [1]

1 CRAIG, Willian L., A Veracidade da fé Cristã, pg 15 e 16

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O que é hermenêutica?

Hermenêutica Bíblica


   O termo "hermenêutica" deriva do grego hermeneuein, "interpretar". A Hermenêutica Bíblica cuida da reta compreensão e interpretação das Escrituras. Consiste num conjunto de regras que permitem determinar o sentido literal da Palavra de Deus.

A IMPORTÂNCIA DESTE ESTUDO

   O próprio Pedro admitiu que há textos difíceis de entender: "os quais os indoutos e inconstantes torcem para sua própria perdição" (2 Pedro 3:15 e 16).
   A arma principal do soldado cristão é a Escritura, e se desconhece o seu valor ou ignora o seu legítimo uso, que soldado será? (2 Timóteo 2:15).
   As circunstâncias variadas que concorreram na produção do maravilhoso livro exigem do expositor que o seu estudo seja meticuloso, cuidadoso e sempre científico, conforme os princípios hermenêuticos.


A REGRA FUNDAMENTAL


A Escritura é explicada pela Escritura. A Bíblia interpreta a própria Bíblia..

PRIMEIRA REGRA

   Enquanto for possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido usual e ordinário..

SEGUNDA REGRA

   É absolutamente necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase..
   Esta regra tem importância especial quando se trata de determinar se as palavras devem ser tomadas em sentido literal ou figurado. Para não incorrer em erros, convém, também, deixar-se guiar pelo pensamento do escritor, e tomar as palavras no sentido que o conjunto do versículo indica.

TERCEIRA REGRA

   É necessário tomar as palavras no sentido que indica o contexto, isto é, os versos que precedem e seguem o texto que se estuda.

QUARTA REGRA

   É preciso tomar em consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras..

QUINTA REGRA

   É indispensável consultar as passagens paralelas explicando as coisas espirituais pelas espirituais (I Cor 2:13).

SEXTA REGRA

   Um texto não pode significar aquilo que nunca poderia Ter significado para seu autor ou seus leitores.

SÉTIMA REGRA

   Sempre quando compartilhamos de circunstâncias comparáveis (isto é, situações de vida específicas semelhantes) com o âmbito do período quando foi escrita, a Palavra de Deus para nós é a mesma que Sua Palavra para eles.

Graça e Paz!

Pr. Ruy Marinho

Modificações necessárias

   Mais uma vez saudo a todos os que tem acompanhado meu blog. E dessa vez sem delongas, fiz algumas modificações necessárias na organização do blog. Nada complicado. Assim o fiz para facilitar a vida do atarefado leitor. São essas as alterações?

O antigo tópico Apologética Doutrinal, ficará apenas a cargo de defender a sã doutrina das seitas e heresias provenientes de tais. Aqui então encontrarão "denúncia" do falso evangelho e de falsos mestres/doutrinadores do mundo "gospe(vi)l", e também de seus ensinos carentes de racionalidade (mas abundantes em ganância). No mais considere o que fora dito no post "Novas saudações".

O novo tópico Exposição Bíblica ficará encarregado de pequenas exegéses como a do post "Outra lenda culinária", com o demonstrado na interpretação do texto de 1 Tessalonicenses 5:18 (lembrando que o post também tem outros tópicos por caracterizá-lo). Então, essas breves (em certos casos, quando demandarem, não serão tão breves, e possivelmente longas) exposições bíblicas (interpretações bíblicas) serão relacionadas aqui e não mais em Apologética Doutrinal. Cuidará portanto da hermenêutica.

Por fim, anuncio antecipadamente o tópico Doutrina, que ficará encarregado tão somente de explícitar a doutrina de forma mais sistemática. Se em Apologética Doutrinal, se defende a sã doutrina, aqui a sã doutrina é exposta. Não tem como foco aqui a interpretação direcionada de um versículo, mas de um assunto (que existe devido a uma interpretação de uma série de versículos). Como exemplo: Salvação, Origem do Pecado, Fé e Graça, dentre outros. Por fim o leitor encontrará textos doutrinários, mas com algumas exposições bíblicas necessárias. Mas a exposição bíblica ficará enderessada a explicar o que o versículo quer dizer, com o significado das palavras e sua disposição no texto. Em Doutrina procura-se explicar assuntos com base nesses textos. Não sei se consegui explicar muito bem isso aqui, mas na prática você vai ver que é "de boa".

Graça e paz

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Eu me acostumei...

   Para desfalecer os insultos (que prefiro acreditar não existirem) ao blog, começo este post com uma preciosa informação: Todos os seres precisam respirar para sobreviver, inclusive você. Agora você deve estar pensando algo do tipo: "Ah! Não me diga! Sério?! Poxa cara, que informação legal." Mas sua fina e rebuscada ironia não é dispensável aqui. É exatamente dela que eu preciso.
   Algumas coisas, atos, pensamentos, se tornam tão rotineiros, tão comuns, devido a excessiva repetição, que muitas vezes nem nos damos conta de que os fazemos. Jà aconteceu de você nem notar que está respirando, mas a simples cogitação faz você perceber os "movimentos" respiratórios que faz? Sendo que antes de pensa-los eles pareciam nem existir. Como se você não estivesse respirando ou respirando de outra forma (?????). Acontece também, como bem lembrado por uma colega da faculdade, com o piscar de olhos. Quando passa a "ter ciência" que pisca, você se vê piscando (e aparentemente bem mais).
   Infelizmente a rotina tem feito momentos cabalmente importantes e preciosos passar em nossa vida como se não fossem assim. O rítimo que tomamos em nossas vidas faz de coisas que deveriam ter uma atenção especial, e de igual proporção em consideração, como coisas comuns e até irrelevantes.
   Acho engraçado termos um exemplo bíblico disso. Em Lucas 2:40-46 (leia ae, é rapidim) os pais do Jesus homem (José e Maria) estavam tão habituados com a presença do garoto Jesus ( e no caso um pré-adolescente) que, ao meu ver, se esqueceram do quão especial era cada minuto na presença daquele que em todos os momentos da vida poderia mostrar a maneira correta de agradar a Deus. Seria de se esperar uma notada atenção, a todo momento, dos pais. Mas não aconteceu isso. Eles passaram quase que um dia todo caminhando de volta a Nazaré enquanto Jesus ficou em Jerusalém.
   Triste como temos um pouco de José e Maria em nós. Nos acostumamos com o culto, com a oração antes e dormir, com ler a bíblia, com saudar com "a graça e a paz" e esquecemos quão relevantes são todos esses momentos. Tais momentos passam a ser tão rotineiros que seguimos um rito que não nos edifica mais como edificava antes. O culto não é mais tão intenso, a oração parece uma reza, uma repetição insincera, ler a palavra  não é mais compreender as verdades absolutas de Deus, a saudação perde o valor que foi concedido pelo ministério e pessoa de Cristo Jesus.
   Apresentar uma solução aqui seria, deveras, um tanto que improvável. Mas posso lhes recomendar recorrer ao autor das soluções para que Ele quebrante seu coração, e que você se esforce para fazer que cada momento com Deus seja intenso e maravilhoso, como de fato é.

Ainda bem que Deus olha o coração... (4)

1 Samuel 16:7

terça-feira, 4 de maio de 2010

"Então você está me dizendo que só uma religião é a certa?"

Breve introdução ao tema*

   Podemos resumir o “exclusivismo cristão” da seguinte maneira: Jesus Cristo é o Filho de Deus; Ele é o Senhor e Salvador e crer nEle é essencial para alcançar a salvação. As Sagradas Escrituras apontam uma série de textos que afirmam esta verdade, por exemplo:


“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3.16

“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4.12

   Não é raro vermos manifestações calorosas dos mais variados segmentos religiosos acusando o cristianismo de ser uma religião intolerante, onde seus membros não passam de um bando de hipócritas arrogantes que afirmam que só existe um caminho. A mais recente explosão de manifestações ateístas teve como estopim a suposta indignação de Ariane Sherine, uma escritora de comédias da Inglaterra, que leu num site cristão que todo aquele que não crê em Jesus como redentor está condenado. Amplamente divulgada pela mídia, sua campanha ateísta não causou impacto apenas na Inglaterra, mas nos quatro cantos do planeta. Além de conseguir arrecadar cifras significativas para patrocinar sua jornada anti-Deus, Sherine tem o forte apoio de figurões ateus, como por exemplo, Richard Dawkins, autor de “Deus, um delírio”. [1]

   Devido a manifestações como esta, muitos são os cristãos que sentem medo e vergonha de, no mínimo, declarar sua fé em Jesus Cristo como único caminho para Deus como medo de receber o rótulo de intolerante.

   Nossa sociedade pós-moderna hipócrita vive a se questionar se é respeitável um cristão dizer que existe apenas um caminho para Deus. Perguntam-se como pode alguém sustentar tal idéia em nossos dias? Tenho acompanhado de longe os malefícios que a recentemente terminada novela das oito da Rede Globo (Caminho das Índias) tem causado. Além de esconder a verdadeira face da Índia, encharcam os lares brasileiros com a religião Hinduísta, lançando modas quanto a roupas, adereços, maquiagem, termos, gírias e o pior, a religiosidade nociva (e pasme!) exclusivista radical do Hinduísmo. Com a desculpa de promover a cultura, manipulam as mentes incautas e aptas ao sincretismo religioso.

   Diante desse quadro de tamanha diversidade religiosa e onde os pluralistas estão de plantão para impor sua cosmovisão, os cristãos acabam sendo taxados de intolerantes ao afirmar que só Jesus é o caminho. Logo, fica uma questão básica para podermos prosseguir nesta reflexão: é, verdadeiramente, ofensivo afirmar que só Jesus Cristo é o caminho? Pare, pense e prossiga.

O que é o exclusivismo?

   Diz Norman Geisler no verbete exclusivismo da Enciclopédia de Apologética, no que tange o exclusivismo religioso:

“O exclusivismo religioso afirma que apenas uma religião pode ser verdadeira, e todas as outras opostas à única religião verdadeira devem ser falsas” [2]

   Tal explicação lança uma luz e abre o caminho para o raciocínio (lembre-se, fé e razão não são inimigos!). Amado leitor, quando temos algo exclusivo, temos o seguinte quadro lógico: a afirmação da verdade condiciona tudo aquilo que lhe é oposto como algo falso. Pergunto então, só o cristianismo afirma ser exclusivista? Claro que não! Temos muitos grupos que se classificam como exclusivistas.

   Os muçulmanos são exclusivistas de modo radical; além de reivindicar ser a única verdade teológica, crêem que quando seus credos expostos no Alcorão são anunciados noutra língua a mensagem pode ser dessacralizada. O ideal é que a mensagem seja proclamada no próprio idioma árabe. Os Budistas se revelam como detentores de um nobre caminho de crescimento espiritual distinto de todos outros (seus adeptos não gostam dos termos “religião” e/ou “filosofia”). Sidharta Gautama, fundador do Budismo rejeitou os ensinos do Hinduísmo, incluindo os a literatura dos Vedas e o sistema de castas. O próprio Hinduísmo – no momento tão aclamado nas terras tupiniquins – é tão exclusivista que toda e qualquer manifestação religiosa que vá contra ou que seja distinta aos ensinos relacionados ao carma, os Vedas, a crença na reencarnação e o sistema de castas são tidos como inimigos. Recentemente uma explosão de ódio contra cristãos resultou em expressivos números de mortos e asseverou ainda mais a perseguição de cristãos na índia, país cuja população é predominantemente hindu [3]. Até mesmo o Ateísmo acaba sendo um sistema exclusivista! Alegam que, por estarem “livres” de toda e qualquer concepção acerca de Deus, são o mais perfeito caminho a ser seguido.

   Está evidente que se grupos religiosos diversos fazem uso do argumento que o cristianismo é arrogante por ser definido como o único sistema de crenças genuíno (atestado não por homens, mas pela Palavra de Deus que mostra o único caminho em Jesus Cristo), existem muitos outros “arrogantes” se auto-proclamando detentores da verdade divina. O cristianismo não é o único sistema de crença exclusivista, mas é o único que tem o Crucificado, Jesus Cristo, e isso faz toda a diferença. Os mestres, gurus e fundadores de religiões não foram para cruz, só Ele foi. Simples assim. Quem complica é o homem.

Apenas um caminho

   Estou plenamente convencido pelo testemunho do Espírito Santo, que atesta a verdade bíblica e coerente de Deus no meu coração, que tão somente Jesus Cristo é o caminho. Jesus disse que quem com Ele não ajunta, espalha (Lucas 11.23). Logo os que não estão com Ele, estão contra Ele. Jesus veio ao mundo para pagar o preço do pecado, fazer do homem um ser verdadeiramente livre para que pela graça todo homem possa ser salvo ao recebê-Lo como seu Senhor e Salvador.

   A mensagem cristã é simples, e talvez seja por isso que muitos homens a rejeitam. O homem religioso é fascinado por pompas, ritos, cerimônias sofisticadas e fetiches, só que Cristo destruiu tudo isso com a autoridade e poder divino dEle .

   O plano que Deus traçou à humanidade é transmitido de modo coerente. A Palavra de Deus demonstra isso. Os discípulos do Senhor, em todo Novo Testamento falam acerca da supremacia de Cristo. Antes de estarmos em Cristo estávamos separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. (Efésios 2.12). O plano divino para a humanidade fica muito claro quando observamos a epístola de Paulo aos Romanos. Como creio que a forma que Moreland e Craig sistematizaram tal plano é muito coerente, cito suas palavras:

“Paulo explica que o poder e a divindade de Deus são conhecidos por meio da ordem criada a nosso redor, de modo que os homens são indesculpáveis (Romanos 1.20), e que Deus escreveu sua lei moral no coração dos homens, de modo que eles são moralmente responsáveis diante dele (Romanos 2.15). Embora Deus ofereça vida eterna a todo aquele que responde de maneira apropriada à revelação geral divina na natureza e à consciência (Romanos 2.7), o triste fato é que, em vez de adorar e servir o Criador, as pessoas ignoram a Deus e zombam de sua lei moral (Romanos 1.21-32). A conclusão: todos os homens estão debaixo do poder do pecado (Romanos 3.9-12). A situação piora à medida que Paulo prossegue explicando que ninguém pode redimir a si mesmo por meio de uma vida reta (Romanos 3.19,20). Felizmente, porém, Deus providenciou um meio de fuga: Cristo morreu pelos pecados da humanidade, satisfazendo assim as exigências da justiça divina e facilitando a reconciliação com Deus (Romanos 3.21-26). Por meio da morte expiatória de Cristo, a salvação é disponibilizada como dom a ser recebido pela fé. A lógica do Novo Testamento é clara: a universalidade do pecado e a singularidade da morte expiatória de Cristo implicam não haver salvação à parte de Cristo.”  [4]

   Concluindo, as religiões diversas podem ter bons ensinos, uma moral elevada, gurus excelentes, códigos de ética rígidos e que surtam efeitos práticos, mas apenas Jesus Cristo morreu na cruz e cumpriu com as exigências que eram necessárias para que o caminho para Deus fosse aberto. Jesus, apenas Ele é o caminho!

Notas:

[1] Folha de São Paulo – www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u487153.shtml – consulta em 06/02/2009


[2] GEISLER, Norman L. Enciclopédia de apologética. Editora Vida. São Paulo, SP: 2002. p.332


[3] Portas Abertas – www.portasabertas.org.br/noticias/noticia.asp?ID=4928&Palavra=orissa&mode=allwords – consulta em 06/02/2009

[4] MORELAND, J.P. & CRAIG, Willian Lane. Filosofia e Cosmovisão Cristã. São Paulo, SP: 2005. p.742


NAPEC. Apologética Cristã.

* título incluído por mim para fins didáticos

Por João Rodrigo Weronka (contextualizado, em grifo negrito, por mim)