domingo, 24 de outubro de 2010

Crer é também pensar - John Stott (Resenha)

Uma introdução à apologia ao intelectualismo cristão responsável
   Esse pequeno livro, de uma forma bem resumida, em essência, faz uma crítica 'bem feitinha' ao anti-intelectualismo que permeia o cristianismo de nossos dias.
   No primeiro capítulo, entitulado CRISTIANISMO DE MENTE VAZIA, ele busca criticar os argumentos dos partidários do antiintelectualismo. Pra começar, é uma atitude anti-bíblica o ter zelo sem entendimento (Rm 10.2).Stott começa criticando o ritualismo dizendo que ele torna-se um fim em si mesmo e acaba por ser fútil. Logo vem o argumento dos ecumênicos que, taxando a doutrina e a teologia de perniciosa, se agrupam para fins sociais. O problema é que a motivação que eles tem para fazer essas 'tarefas socias' é procedente de um conceito (doutrina) bíblico. Assim eles não ignoram a doutrina coisa alguma! Por fim existem os 'cristãos' (se é que podem ser chamados assim) que afirmam que o que vale é a experiência e não a doutrina, abrindo as portas para o subjetivismo e a arbitrariedade sem fim.
    No segundo capítulo, entitulado POR QUE USAR NOSSA MENTE?, Stott busca mostrar "alguns argumentos _ tanto seculares como cristãos_ a favor da importância do uso de nossas mentes" (p.10). Começa argumentando que o que move o mundo são as idéias, dando exemplos históricos. Logo vem o argumento que a capacidade racional é um atributo de Deus comunicado ao homem (inferência de Gn 2, 3; imago Dei; etc...), e contra a objeção da depravação total, que 'atrapalha' o raciocínio, Stott acertadamente nos lembra que ela, a depravação, na verdade afetou as emoções e tudo o mais no homem, de modo que, se não confiamos no raciocínio, não devemos confiar em nada mais. O argumento seguinte é o de que a revelação pressupõe capacidade de discernimento racional, uso da mente. O subsequente argumento é o de que a regeneração nos imputa (quem sabe 'nos guia' é um termo mais adequado) o discernimento e o entendimento de Deus. Por fim, todos serão julgados pelo que conhecem, até os que não ouviram o evangelho (cf. Rm 1.18ss), e esse quesito naturalmente (óbviamente, claramente...ente) envolve nossa mente!
    No terceirto capítulo, intitulado A MENTE NA VIDA CRISTÃ, Stott descreve " seis aspectos da vida e responsabilidade cristãs, nos quais a mente tem uma função indispensável." (p.10). Para cultuar, ela é indispensável, pois a adoração e louvor a Deus é baseada no que conhecemos sobre Deus e seus feitos. A fé, tida como ilógica ou destituída de razão, também exige o uso de nossas mentes. Ela difere de credulidade (fideísmo ?) e de otimismo, conciste em uma confiança racional e considera o objeto dela. A santificação exige o uso da mente também, Owen, apud Stott, diz: "o bem que a mente não é capaz de descobrir, a vontade não pode escolher, nem as afeições podem se apegar". Portanto, " na Escritura o engano da mente comumente se apresenta como o princípio de todo pecado". Para discernir a vontade de Deus é nescessário o uso da mente também. Stott faz a oportuna distinção entre vontade geral e específica. A apresentação do evangelho também considera o uso da mente. Podemos ver isso no uso de termos como 'persuadir' usado por Paulo ou Lucas o citando. Por fim, o ministério e os seus dons exigem a capacidade intelectual dos presbíteros para ensinarem e instruírem.
    No fim de tudo, no último capítulo, o anti-intelectualismo é errado, mas o superintelectualismo também é prejudicial. Que a intelectualidade dite a piedade e a responsável vida cristã.

Por: Lucio A. Oliveira (meu irmão)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Provas históricas dos registros bíblicos


   O maior, melhor e mais confiável documento de todos os tempos é a Bíblia. Suas afirmações são continuamente confirmadas, como mostra o artigo a seguir.
   Novas escavações, achados arqueológicos, escritos antigos, descobertas surpreendentes e avanços no conhecimento científico confirmam o que a Bíblia diz. Um recente documentário da BBC comprovou que o êxodo dos israelitas do Egito foi real.


Os registros bíblicos poderiam estar certos

   O relato bíblico da saída do povo de Israel do Egito pode ser comprovado cientificamente. Segundo um documentário da televisão britânica BBC, os resultados de pesquisas científicas e os achados e estudos de egiptólogos e arqueólogos desmentem a afirmação de que o povo de Israel jamais esteve no Egito. Contrariamente às teses de alguns teólogos, que afirmam que o livro de Êxodo só foi escrito entre o sétimo e o terceiro séculos antes de Cristo, os pesquisadores consideram prefeitamente possível que o próprio Moisés tenha relatado os fatos descritos em Êxodo – o trabalho escravo do povo hebreu no Egito, a divisão do Mar Vermelho e a peregrinação do povo pelo deserto do Sinai. Eles encontraram indícios de que hebreus radicados no Egito conheciam a escrita semita já no século 13 antes de Cristo. Moisés, que havia recebido uma educação muito abrangente na corte de Faraó, teria sido seu sábio de maior destaque. E isso teria dado a ele as condições para escrever o relato bíblico sobre a saída do Egito, conforme afirmou também um documentário do canal cultural franco-alemão ARTE.

Pragas bíblicas?

   Segundo o documentário, algumas inscrições encontradas em palácios reais egípcios e em uma mina, bem como a descrição detalhada da construção da cidade de Ramsés, edificada por volta de 1220 a.C. no delta do Nilo, comprovariam que os hebreus realmente viveram no Egito no século 13 antes de Cristo. A cidade de Ramsés só existiu por dois séculos e depois caiu no esquecimento, portanto, o relato só poderia vir de uma testemunha ocular. Também as dez pragas mencionadas na Bíblia, que forçaram Faraó a libertar o povo de Israel da escravidão, não poderiam ser, conforme os pesquisadores, uma invenção de algum escritor que viveu em Jerusalém cinco séculos depois...


Moisés recebeu a lei no monte Karkom

   Do mesmo modo, o mistério do monte Horebe, onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos, parece que está começando a ser desvendado pela ciência. No monte Sinai, onde monges do cristianismo primitivo imaginavam ter ocorrido a revelação de Deus, os arqueólogos nunca encontraram qualquer vestígio da presença de 600.000 homens. Em contrapartida, porém, ao pé do monte Karkom, localizado na região fronteiriça egípcio-israelense, foram encontrados os restos de um grande acampamento, as ruínas de um altar e de doze colunas de pedra. Essa concordância com a descrição no livro de Êxodo (Êx 24.4 Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;) provaria, segundo citação dos cientistas na BBC, que o povo de Israel realmente esteve por um certo tempo no deserto". (Idea Spektrum, 8/2000)
[artigo extraído de uma compilação]

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Peixe, Símbolo do Cristianismo?


   Sim, o peixe foi um dos símbolos do Cristia­nismo. O peixe era alimento básico entre os ju­deu. Embora duas vezes tenha sido objeto de mi­lagre, e assim como o pão tornou-se símbolo de Cristo, assim também o peixe pôde ser lembra­do como provisão de Deus. Uma vez que o pei­xe era um alimento essencial, a profissão de pes­cador era comum. O Senhor Jesus usou a figura do pescador e da pesca para exemplificar o discipulado e a abrangência do Reino de Deus.

   Os ministros de Deus são chamados pescado­res, porquanto procuram conquistar os homens para Cristo e para o reino (Mt 4:19; Mc 1:17; Lc 5:10).
   Como símbolo cristão, a palavra grega para peixe, ichthys, era dividida como segue: / (Je­sus); ch (Cristo); th (de Deus); y (Filho); s (Salva­dor). A frase grega, por inteiro, era: Ieosous Christós Theou hyiós, Soter, ou seja: Jesus Cris­to, Filho de Deus, Salvador.



   Tornando o mais famoso acróstico da Antigüidade e de toda a História, sem dúvida, foi criado pelos primitivos cristãos. Tomando as letras iniciais da frase grega Iesous Christós, Theou hyiós, Soter (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador), que era escrita com uma palavra abaixo da outra, formou-se o acróstico ichthus (peixe), animal adotado como símbolo místico por esses religiosos. Eis o acróstico, em grego:


   Além de ser o acróstico mais conhecido, esse foi também o mais perigoso em toda a História. A prática do Cristianismo só se tornou totalmente liberada no início do século IV. Durante o primeiro século da Era Cristã, os cristãos foram perseguidos e presos. Muitos deles faleceram nas arenas romanas, lutando contra leões. A associação de qualquer cidadão romano com esse acróstico, sinal secreto de adesão à doutrina cristã, bastava para que ele se tornasse uma vítima da intolerância religiosa do Estado romano.
   Observe a imagem do peixe ainda preservada nas catacumbas romanas, onde os cristãos primitivos se encontravam para praticar secretamente o culto.
   O Peixe foi um dos primeiros símbolos cristãos, os cristãos para se identificarem desenhavam no chão o peixe, assim podiam conversar sobre Cristo com outro cristão, sem correr o risco de ser morto por um perseguidor, hoje esse simbolo continua a ser usado por algumas denominações cristãs.

Novo tópico (Literatura)

   Portanto, a partir de hoje, um novo tópico será criado com o intuito de colaborar com a apuração intelectual do leitor desse blog. É um tópico sobre livros, com resenhas literárias, a maior parte feita por meu irmão (gêmeo, mas parecido apenas na aparência, pois é, sem sombra de dúvidas, muito mais sábio que eu, se é que sou sábio de alguma forma). Também aqui estarão sugestões de livros (bem como a exposição do quanto são horríveis alguns e a sugestão para que não percam tempo lendo tais, como exemplo do livro "A Cabana", em artigo que já foi publicado antes dessa nova saudação saudação e da criação desse tópico).
   No mais, a graça e a paz do nosso Senhor Jesus Cristo;
na mesma fé,
Luciano Antônio de Oliveira [articulista]

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A genealogia documentada em Mateus 1.1-17 é diferente da apresentada por Lucas 3.23-38 - Por quê?

   Como Jesus pode ser a raiz de Davi se nas genealogias apresentadas nos evangelhos é José, seu padrasto, quem aparece como descendente de Davi?
    A genealogia documentada em Mateus 1.1-17 é diferente da apresentada por Lucas 3.23-38. Mateus escreveu seu evangelho para os judeus e, assim, a genealogia oficial traz em questão as credenciais messiânicas judaicas de Jesus, pois os judeus esperavam que o Messias fosse descendente de Abraão e raiz de Davi. Lucas escreveu seu evangelho para os gregos e, por isso, apresenta Jesus como perfeito, segundo a concepção da cultura helênica. O propósito de Mateus é mostrar Jesus como verdadeiro rei, e o de Lucas é mostrá-lo como verdadeiro humano. Mateus apresenta a linhagem legal de Davi e Lucas a linhagem natural. Tanto José quanto Maria eram descendentes de Jessé. Podemos apontar a genealogia de Lucas como sendo de ascendentes familiares de Maria e a de Mateus, de José. Esta pode ser uma explicação, pois na cultura judaica o homem, através de seu comprometimento com uma mulher, era tido como filho de seu sogro. Assim, embora Maria não seja citada, ela é, no entanto, representada por seu marido.


 

domingo, 17 de outubro de 2010

O desespero incessante da vida sem Deus


  

   Há ateus que se comprazem em afirmar que os teístas são pessoas iludidas pela crença em Deus. Muitos discordarão desta alegação, inclusive o autor deste artigo. Mas este texto não tem como foco analisar a suposta ilusão daqueles que crêem e sim, analisar uma ilusão  frequentemente compartilhada por muitos incrédulos: a idéia de que Deus é irrelevante para a questão do sentido da vida. Será que é coerente declarar a morte de Deus e, mesmo assim, afirmar alegremente que a vida possui sentido?

   Os cientistas afirmam que o universo está fadado a morrer. Como ele está em expansão desde o Big Bang, tudo que nele existe está se tornando cada vez mais distante. Com o passar do tempo, as estrelas perderão seu calor e irão morrer. Deste modo, o universo se tornará cada vez mais frio, e sua energia irá se esgotar. O espaço ficará repleto de cadáveres estelares que serão tragados por buracos negros. E até mesmo os buracos negros serão consumidos e irão se evaporar. Assim, todas as coisas estão condenadas a desaparecer sob os escombros de um mundo agonizante. Tudo o que foi construído pelo homem desaparecerá sem deixar nenhum vestígio. “Tudo aquilo que já formou você, as montanhas, as estrelas e tudo o mais será uma coisa só: um mar escuro de energia. Um mar cada vez mais frio, inerte. Sem nada nem ninguém para acender a luz.”
Neste cenário, faz alguma diferença fundamental o fato de o universo algum dia ter existido? Quer o universo tenha surgido ou não, no final das contas o resultado é o mesmo: um vazio negro, frio e inerte. Assim, como tudo acaba em nada, não faz diferença nenhuma se algo existiu ou não. Portanto, o universo não tem um sentido fundamental.
   Este mesmo raciocínio pode ser aplicado ao ser humano. Se Deus não existe, o homem está condenado a desaparecer como se nunca houvesse existido. Deste modo, no final das contas, não fará diferença nenhuma o fato de algum homem ter surgido sobre a face da terra. A humanidade, portanto, não tem mais importância do que um enxame de mosquitos ou uma vara de porcos, pois seu fim é o mesmo. O mesmo processo cósmico cego e mecânico que a vomitou no início um dia acabará por engoli-la.
   No final, todos os esforços humanos terão sido em vão. A contribuição dos cientistas para o avanço da ciência, os esforços dos pacifistas para promover a paz, as pesquisas médicas para descobrir a cura de doenças, o trabalho dos humanitaristas para erradicar a pobreza – no final, tudo o que custou tanto para ser conquistado, muitas vezes à custa de inúmeras vidas, desaparecerá como se nenhum esforço houvesse sido realizado. Desta forma, tudo acaba em nada e, portanto, o homem é nada.
O filósofo William Lane Craig apresenta o quadro em que estamos inseridos:
“Se cada pessoa deixa de existir quando morre, que sentido fundamental pode ser dado à sua vida? Realmente faz diferença se ela existiu? Pode ser dito que sua vida foi importante porque influenciou outros ou afetou o curso da história. Mas isso mostra apenas um significado relativo da sua vida, não um sentido fundamental. Sua vida pode ter importância relativa a certos acontecimentos, mas qual é o sentido fundamental desses acontecimentos? Se todos os acontecimentos não têm sentido, então que sentido fundamental pode haver em influenciá-los? No final das contas, não faz diferença.”
   Mesmo assim, muitos ateus insistem em dizer que a vida possui propósito. “A vida não vem com um manual de instruções indicando seu sentido”, dizem eles. “Somos nós que o criamos. E é isto o que faz a vida tão maravilhosa. Podemos escolher o que queremos, que sentido e que rumo queremos dar a ela.”
Inventar um sentido para a vida pode até ajudar uma pessoa a se sentir melhor. Mas esta invenção não passa de um auto-engano para ajudar a suportar a dura realidade da existência, visto que a vida continua sem sentido, em termos objetivos, da mesma forma.
   Se Deus não existe, o que é o homem? Ele é apenas um subproduto acidental da natureza que evoluiu recentemente em um ponto de poeira infinitesimal perdido em algum lugar de um universo hostil e sem sentido e que está condenado a perecer individualmente e coletivamente em um espaço relativamente curto de tempo. Nesta ordem de idéias, o homem é um mero produto do acaso e não há nenhum propósito em sua existência. E nenhuma tentativa de se inventar um sentido para sua existência poderá mudar estes fatos. Portanto, inventar um sentido para sua vida não passa de um exercício de auto-engano.
   Além de tudo, o universo não adquire sentido apenas porque alguém lhe atribui algum. Suponha que duas pessoas dêem sentidos diferentes ao universo. Quem tem razão? A resposta, é claro, nenhuma das duas. O mundo sem Deus permanece sem sentido em termos objetivos, não importa o que as pessoas pensem. Assim, atribuir um sentido ao universo não passa de um exercício de auto-engano.
   Mas por que esta discussão sobre o sentido da vida é tão importante? A resposta é que, para ser feliz, o homem necessita de um sentido para sua vida. Por quê? Porque o homem se alimenta de auto-estima. Uma auto-estima baixa pode levar facilmente à depressão e ao suicídio. E dificilmente alguém pode manter sua auto-estima em níveis elevados se passar a refletir sobre a falta de sentido da existência.
Assim, se Deus não existe, a vida não tem sentido. E se a vida não tem sentido, o homem que reflete sobre esta verdade terá uma dificuldade séria para ser feliz. Portanto, a existência de um Deus amoroso é uma peça importante para a construção da felicidade.
   A única solução que um ateu pode oferecer diante do absurdo da vida sem Deus é enfrentar este absurdo e procurar viver com coragem. O filósofo ateu Bertrand Russell, por exemplo, sugeriu que devemos construir nossas vidas “sob o firme fundamento do desespero incessante”:
“Que o homem é o produto de causas que não possuíam conhecimento do fim que estavam alcançando; que sua origem, seu crescimento, suas esperanças e crenças, seus amores e temores, não passam do resultado de colisões acidentais de átomos; que nenhum fogo, nenhum heroísmo e nenhuma intensidade de pensamentos e emoções podem preservar uma vida além do túmulo; que todo labor de todas as eras, todas as devoções, toda inspiração, todo brilhantismo do gênio humano estão fadados à destruição na grande morte do sistema solar e que todo o templo das conquistas humanas deve ser inevitavelmente soterrado debaixo dos escombros de um universo em ruínas – todas estas coisas, se não estão além das controvérsias, são quase tão certas que nenhuma filosofia que as rejeite pode ter esperanças de se sustentar. Somente sobre a base destas verdades, somente sobre o firme fundamento do desespero incessante, pode-se construir seguramente, de agora em diante, a habitação da alma.”
   Na hipótese de que o ateísmo seja verdadeiro, estamos diante deste quadro terrível sobre a condição humana. Mas se o Cristianismo é a verdade, então existe um poder de amor por trás do universo. Um poder pessoal de amor tão grande que todos os homens e mulheres, velhos e crianças são especiais para ele. Ele ama tanto o ser humano que há um significado em cada vida. Ele realmente sabe sobre a queda de todos os pardais e, até mesmo, os cabelos de cada pessoa estão contados.
   Por derradeiro, este texto não realizou nenhum esforço para demonstrar a existência de um Criador Divino. Também não houve nenhuma tentativa para se refutar a idéia de que a crença no sobrenatural é uma ilusão. Para se atingir estes objetivos seria necessário um espaço muito maior. Por esses motivos, o propósito deste artigo foi simplesmente o de enunciar as alternativas de forma clara. Se Deus não existe, a vida é um absurdo e o homem deve construir sua existência sobre o “firme fundamento do desespero incessante”, conforme palavras do filósofo ateu Bertrand Russell. Se o Deus cristão existe, todas as pessoas são especiais para ele e possuem valor e significado.
   É possível demonstrar racionalmente que o cristianismo é uma cosmovisão mais plausível do que o ateísmo. No entanto, mesmo se as evidências para o ateísmo e para o cristianismo fossem equivalentes, uma pessoa racional deveria escolher o último. Todo ser humano deve buscar a verdade e evitar o erro. Mas, se as evidências que suportam as duas cosmovisões são ambíguas, não parece sensato preferir o desespero e a ausência de sentido do que uma vida com propósitos.

Fonte [APOLOGIA.COM.BR]

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Divulgação (1)

   Em mais uma saudação (é bom que alguém esteja lendo as saudações pra entender melhor o blog) eu venho fazer um anúncio diferente. Dessa vez venho apresentar-lhes não algo no meu blog, como nas outras vezes, mas apresento-vos o blog de um amigo meu Think With Me! .
    Eu sou amigo do cara, então me torno principal suspeito para falar do blog, mas é bem mais do que puxar saco de um amigo. É falar de algo que pode ser comprovado por vocês. Nas palavras dele "é.. meu blog é mais cotidiano". É de fato o que representa o blog desse cara. Ele habilmente relaciona situações cotidianas no melhor estilo Rob Bell e linka isso com a inevitável vida com Deus que todo filho dEle experimenta.
   Eu de fato conheço o autor do blog, e sei que ele tem um coração parecido com o meu, mas isso não conta muito se você não me conhece. Mas acredite, é alguém que se preocupa em expor seus sentimentos, em ser alguém, mas sem deixar de ser cristão, sem deixar de se preocupar com o que o leitor está sentindo, ou com a repercussão de suas palavras ali. Portanto, com essa preocupação em mente e um raciocínio genial (sem hipérbole alguma) Thalys (vulgo Tallz) tem posts que me edificam muito. Vale a pena conferir, divulgar, acompanhar e orar por ele.
   Graça e Paz

A Falácia da Liberdade Poética

“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é a pena de habilidoso escritor” (Salmo 45.1)

   Já reparou como existem novos compositores a cada dia criando músicas, escrevendo letras, gravando CDs, buscando lugar ao sol em plena praia badalada no verão? Nos últimos anos vimos a multiplicação de artistas evangélicos, das produções sem a devida qualidade musical, da conseqüente crise dos estúdios de gravação. Um amigo meu, dono de um estúdio maravilhoso em Belo Horizonte disse que há dez anos atrás seu estúdio era ocupado de manhã, de tarde e de noite. Vivia cheio de gente. Os crentes eram os que mais alugavam para ensaios e gravações. Hoje em dia todo mundo quer gravar em casa mesmo, no computador, com uma plaquinha de som mais ou menos, a abundância de repertório disponível.
   Este bom fonográfico tem ocasionado sérios problemas no repertório cristão: a superficialidade e o erro teológico nas letras, além da falta de reflexão acerca da impressão que as músicas causam por causa do estilo, bem como acerca da coerência entre a impressão e a expressão (a mensagem). A “impressão” tem a ver com o sentimento que a música comunica ou a atmosfera que ela gera, só pelo instrumental. Por exemplo, se você ouvir uma música, mesmo sem a letra, também poderá dizer se ela é alegre, triste, misteriosa, etc. Já a expressão tem a ver com o texto que ela subsidia. Então os compositores deveriam pensar se há coerência entre a letra (expressão) e a música em si (impressão). Isso, quando levado em conta na hora de escolher a música que será cantada no culto, favorece uma adoração apropriada sendo a música um meio.
Mas ainda quanto à “expressão”, o problema é quando a letra diz algo que não tem amparo na Bíblia. Os compositores e defensores das músicas ruins e fraquinhas de mensagem bíblica dizem que se trata de “liberdade poética”. Então eu poderia cantar na igreja “como Zaqueu, eu vou subir o mais alto que eu puder e chamar tua atenção”, embora, no texto de Lucas 19.1-10 nada disso tenha ocorrido no caso do baixinho cobrador de impostos, que, curioso para ver Jesus, subiu no sicômoro. Aliás, não foi Zaqueu quem chamou a atenção de Jesus, mas este tomou a iniciativa e, pelo contrário do que diz a letra da música, chamou a atenção de Zaqueu, pronunciando seu nome e se convidando para almoçar em sua casa (porque um publicano não poderia jamais convidar um judeu para comer em sua casa, pois não fazia parte da comunhão na sinagoga). O final do texto mostra claramente que não depende do pecador chamar a atenção de Deus. Antes, é Deus quem toma a iniciativa para salvar graciosamente o pecador: “porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. Em suma, cantam, ensinam e repetem a música, mesmo com seus erros doutrinários, porque, afinal, é a liberdade poética.
   Quero fazer uma consideração sobre a "Liberdade Poética". Esta liberdade tem sido alvo de apelos quando algo da letra é questionado. Veja bem, a liberdade poética sugere que o poeta é livre para não seguir determinadas regras gramaticais. É o caso da música que diz: "inútel, a gente somos inútel", do Roger (Ultraje a Rigor). No entanto, existem limites entre a liberdade e a coerência. Posso ser livre para escrever o que eu quiser, mas precisa ter coerência ou fazer algum sentido. Quando escrevemos poemas sobre o conteúdo bíblico, a liberdade poética se torna serva da Escritura Sagrada. Então podemos escrever com liberdade para nos expressar com os recursos da poética da língua portuguesa, mas com submissão total às Escrituras Sagradas.
   Para encerrar esta breve reflexão, pensemos no que devemos fazer então com a liberdade poética na hora compor ou de escolher o repertório do culto ou da vida. Podemos e devemos usar de todos os recursos que a poética da língua portuguesa nos oferece: a metáfora (dizer uma coisa em outros termos aproveitando a associação de semelhança de idéias), o paradoxo (aparente contradição), a zeugma (elipse do verbo), etc. Precisamos ser criativos na hora de escrever e exigentes na hora de ler. Valorize a boa poesia. Isso estimulará os poetas a escreverem melhor. Submeta sempre a liberdade poética à autoridade da Escritura. Se as explicações em demasia são necessárias antes da música, então ela não é apropriada. A letra deveria expressar claramente a verdade da palavra de Deus. Assim, que a liberdade poética não seja uma falácia para comunicar o erro, mas uma ferramenta para que a nossa poesia seja verdadeira e criativa.
Pr. Charles

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eu não evangelizo



Se evangelizar é encontrar uma pessoa na rua e com toda cara de pau dizer "Jesus te ama" e dar as costas, eu não evangelizo.

Se evangelizar é tocar hino nas praças e ir para casa se achando o máximo, eu não evangelizo.

Se evangelizar é ir numa marcha para fazer propaganda de igreja e cantores, eu não evangelizo.

Se evangelizar servir para arrastar pessoas para igreja quando tem festinhas com comida e montar esquemas para ela se sentir bem-vinda somente naquele momento, eu não evangelizo.

Se evangelizar é entregar folhetos que serão jogados no chão e criará mais sujeira nas ruas, eu não evangelizo.

Se evangelizar é pregar com base para embutir culpa nas pessoas bombardeando-as com idéias de pecado e conseqüentemente o inferno para os maus e céu para os bons, eu não evangelizo.

Se evangelizar é convencer as pessoas a se protegerem do mundo dentro de uma igreja que acaba se tornando um bunker contra toda guerra espiritual e ofensivas do diabo, eu não evangelizo.

Se evangelizar é sistematizar o Evangelho, eu não evangelizo.

Agora se evangelizar é caminhar junto, estar presente na vida das pessoas, ser ombro amigo, chorar e rir em vários momentos, então eu creio que eu evangelizo.

Afinal entendo que o maior evangelismo de Cristo, foi estar ao lado, foi comer junto e presenciar toda a aflição e alegria do teu próximo.

Creio que evangelizar é sinônimo de relacionamento. O verdadeiro evangelho não é feito de seguidores e sim de amigos.

Portanto, se evangelizar é partilhar o pão nosso de cada dia, eu evangelizo.





Fonte: [ Lion of Zion ]

Nome de "igrejas" do sinhô Gézuis

    Possivelmente pela grande concorrência no "mercado" para conseguir fiéis, ou por exacerbada ignorância da Palavra da Verdade, essas igrejolas têm surgido por todo canto. Qualquer boteco fechado pode se tornar uma "igreja" hoje em dia. E os nomes são variados. Pra quem nunca se deparou com esses nomes circulando pela net, posto aqui vários nomes que, acredito eu, são de seitas que se denominam cristãs. Se alguma dessas por ventura é de fato de acordo com uma confissão de fé sadia e pautada na sã doutrina, peço que me perdoem, mas o nome continua sendo bizarro. Meus comentários estão entre parênteses, para dar um ar original de labor nos nomes que não foram coletados por mim =]

Igreja da Água Abençoada
Igreja Adventista da Sétima Reforma Divina
(quais foram as outras 6?)
Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder
(parece nome do golpe de algum pokémon)
Congregação Anti-Blasfêmias (poderiam começar a combater as blasfêmias pelo nome da própria igreja)
Igreja Chave do Éden
Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta (mas apreciação da vida torta que tem dinheiro)
Igreja Batista Incêndio de Bênçãos (se tem dilúvio de bençãos na música do PG, pq não Incêndio?)
Igreja Batista Ô Glória!
Congregação Passo para o Futuro

Igreja Explosão da Fé
Igreja Pedra Viva
Comunidade do Coração Reciclado
(não seria renovado?? Tem reciclado em alguma tradução?)
Igreja Evangélica Missão Celestial Pentecostal ( é uma missão pra anjo que fala em línguas?)
Cruzada de Emoções
Igreja C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)
Congregação Plena Paz Amando a Todos
Igreja A Fé de Gideão
Igreja Aceita a Jesus
Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém
Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo
Congregação J. A. T. (Jesus Ama a Todos)
Igreja Barco da Salvação
Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo
(mas quem rema são os "fiéis"!!!)
Igreja Pentecostal Uma Porta para a Salvação (existem outras?????)
Comunidade Arqueiros de Cristo
(essa é só uma parte do exército de krystu. E já são porretas!!! Espere até a achegada dos Fuzileiros e vai ver o que é pudê)
Igreja Automotiva do Fogo Sagrado
Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo (mas Band, SBT, MTV, enfim, todos os outros são de boa, mesmo quando passam pornografia??)
Assembléia de Deus do Pai, do Filho e do Espírito Santo (conheço uma aqui perto que é só de Deus mesmo...)
Igreja Palma da Mão de Cristo
Igreja Menina dos Olhos de Deus
Igreja Pentecostal Vale de Bênçãos
Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D’Água
(olha onde foram procurar fiéis...)
Igreja Batista Ponte para o Céu
Igreja Pentecostal do Fogo Azul
(de onde tiraram isso?????)
Igreja da Cruz Erguida para o Bem das Almas
Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade
(deve ser parente do Paulo Coelho)
Igreja Filho do Varão
Igreja da Oração Eficiente
(aah, esse deve saber palavras mágicas para fazer a oração ser atendida)
Igreja da Pomba Branca
Igreja Socorista Evangélica
Igreja ‘A’ de Amor (
'B' de baboseira, 'C' de cafajeste...)
Cruzada do Poder Pleno e Misterioso
Igreja do Amor Maior que Outra Força
(essa outra força é do Voldemort não é ? Só que não pode falar o nome. Mas eu sou esperto e já sei que pode.)
Igreja Dekanthalabassi
Igreja dos Bons Artifícios
(pra enganar o povo e ganhar dinheiro)
Igreja Cristo é Show (da fé?)
Igreja dos Habitantes de Dabir
Igreja ‘Eu Sou a Porta’
(pra onde?)
Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
Igreja da Bênção Mundial
Igreja das Sete Trombetas do Apocalipse
Igreja Pentecostal do Pastor Sassá
Igreja Sinais e Prodígios
(A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, 2 Tessalonicenses 2:9) 
Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul (qual profecia? Ah, já sei. Essa: 2 Pedro 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.)
Igreja do Manto Branco
Igreja Este Brasil é Adventista
(sério? onde fica?)
Igreja E.T.Q.B (Eu Também Quero a Bênção) (pensei em algo do tipo Eles Também querem Besteiras)
Igreja Evangélica Florzinha de Jesus
Igreja Cenáculo de Oração Jesus Está Voltando
Ministério Eis-me Aqui

Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia (destaque pro EU antropocentrico)
Igreja Evangélica A Última Trombeta Soará
Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos
Igreja Evangélica Facho de Luz
Igreja Batista Renovada Lugar Forte
(melhor que a do Barranco Sagrado)
Igreja Atual dos Últimos Dias
Igreja Jesus Está Voltando, Prepara-te
Ministério Apascenta as Minhas Ovelhas
Igreja Evangélica Adão é o Homem
(e o Romário é o cara, certo!?)
Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado (essa não é tão boa quanto a Batista Renovada do Lugar Forte. Aqui a "chuva" de bençãos pode complicar a situação)
Ministério Maravilhas de Deus
Igreja Evangélica Fonte de Milagres
Comunidade Porta das Ovelhas
Igreja Pentecostal Jesus Vem, Você Fica
(Ótimo, me convenceu. Vou entrar nessa.)
Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo
Igreja Evangélica Luz no Escuro
Igreja Evangélica O Senhor Vem no Fim
Igreja Pentecostal Planeta Cristo
Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
(todos tirados do sounds of christ?)
Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta