terça-feira, 29 de outubro de 2013

Considerações iniciais sobre relacionamentos

Durante minha vida com Deus eu encontrei muita gente falando sobre namoro. Eu mudei minha ideia muitas vezes. Algumas coisas ainda não tenho plenamente respondido em minha mente. Entretanto, outras coisas estão saudavelmente esclarecidas a respeito desse assunto. Então, pela tag relacionamentos, quero ajudar alguns sobre o que aprendi e venho aprendendo.

Esqueça...


Comece a falar sobre namoro com amigos de igreja, de faculdade, parentes, irmãos e perceba uma coisa: quase todo mundo, se não todo mundo, sabe falar a respeito disso. Algumas pessoas falam com tanta propriedade, que parecem ter feito faculdade de namoro.
Acontece que até mesmo os bons crentes que falam a respeito de namoro acabam cometendo um erro comum, que os não crentes cometem: O fato é que eles aprenderam quase tudo que sabem sobre o assunto de fontes não tão boas, como filmes, séries, novelas e ouvindo ou participando de conversas de gente que aprendeu com essas fontes já citadas. E quer saber qual o resultado disso? É que muitos conceitos errados tem levado muitos a sofrer. Alguns matam, outros se matam. Enfim, não é novidade falar de crimes cometidos em nome do “amor”. Mas só trago à baila para salientar a importância de se conhecer certo o que é o namoro.
Mas para que o nosso objetivo seja concretizado, faça um favor a si mesmo... Esqueça quase tudo que aprendeu. Tente aprender como se fosse aprender pela primeira vez sobre o que é o namoro. No fim das contas, como ser racional que é, pondere tudo. Julgue se o que falo tem fundamento e verifique se procede. Mas antes, saiba que você provavelmente aprendeu quase tudo de fontes não tão boas, moralmente falando. Talvez alguma coisa você já até saiba certo, mas isso não faz o resto ser endossado, validado pelo pouco acerto que já tem.
Nosso raciocínio aqui será pautado pela moral, pela razão e pelas Sagradas Escrituras, fonte perfeita, que comporta as duas primeiras fontes já citadas. 
Apesar de ser um post introdutório, já deixo o primeiro conselho para que você medite a respeito.

Particulares vs Geral
Temos, em muitas áreas a mania de tomar particularidades de nossa vida como se fossem regras universais em acontecimentos relacionais. Assim, se você fez e deu certo, não significa que todos devem fazer para dar certo. É aquele famoso caso da fulaninha que arrumou homem que não presta e aí nivelou por baixo, dizendo que todos os homens não prestam. Pode ser que alguns casos particulares de seu relacionamento (ou tentativa de ter um) sejam mesmo gerais, universais. Mas isso demanda discussão para saber. Basta, por hora saber que as situações que acontecem com você podem ou não serem as mesmas que acontecem com outras pessoas, até mesmo nas mesmas condições. Se você já tiver isso em mente, vai poder ser mais propenso a entender outros relacionamentos, e talvez até se ajudar ao receber conselho de outras pessoas que se relacionam, evitando talvez um desastre no seu próprio relacionamento.
Dito tal, temos que não existem regras universais que definem qual namoro vai dar certo. Essas regras são ditas mais ou menos nos seguintes termos: “se fica muito amigo da pessoa vira irmão e não namora”; ou “os opostos se atraem”; ou “tem que ser muito parecido, se não, não dá certo”.
Esses dizeres podem envenenar o coração de alguém que já está se relacionando , que talvez seja bem parecido com seu namorado, mas que começa a se preocupar, pois afinal, são os opostos que se atraem. E isso não é verdade! NÃO TOME SEU CASO PARTICULAR COMO GERAL.

Cada caso é um caso diferente, que envolve pessoas diferentes. Mas existem algumas considerações gerais que podem ser ditas. E isso veremos em outra oportunidade. Mas por hora, fica essa primeira observação.
Deus nos ajude. Amém!

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Manuseando sabiamente os sábios dizeres da Bíblia

R. C. Sproul


Toda cultura parece ter a sua própria e única coletânea de sabedoria - breves insightsde seus sábios. Muitas vezes, essas porções de sabedoria são preservadas na forma de provérbios. Nós temos provérbios na cultura americana. Refiro-me a ditados como “um homem prevenido vale por dois” ou “dinheiro poupado é dinheiro ganho”.
A Bíblia, obviamente, tem um livro inteiro desses pequenos dizeres – o livro de Provérbios. No entanto, essa compilação de sábios dizeres é diferente de todas as outras coletâneas, visto que tais palavras refletem não apenas a sabedoria humana, mas a sabedoria divina, pois esses provérbios são inspirados por Deus.
Ainda assim, é preciso ter muito cuidado na forma como abordamos e implementamos esses sábios dizeres. Simplesmente o fato de serem inspirados não significa que os provérbios bíblicos são como leis, que impõem uma obrigação universal. Mas algumas pessoas os tratam como se fossem mandamentos divinos. Se nós os considerarmos dessa forma, incorreremos em todos os tipos de problemas. Os Provérbios, mesmo sendo divinamente inspirados, não se aplicam necessariamente a todas as situações da vida. Antes, refletem percepções que são, em geral, verdadeiras.
Para ilustrar esse ponto, deixe-me lembrá-lo de dois provérbios da nossa própria cultura. Primeiro, dizemos frequentemente: “Pense bem antes de agir!”. Essa é uma percepção valiosa. Mas nós temos outro provérbio que parece contradizê-lo: “Quem não arrisca, não petisca”. Se tentarmos aplicar esses dois provérbios ao mesmo tempo e da mesma forma, em todas as situações, ficaríamos completamente confusos. Em muitas situações, a sabedoria sugere que examinemos cuidadosamente onde devemos pisar, de forma que não nos movamos cegamente. Ao mesmo tempo, não podemos ficar tão paralisados, analisando os prós e contras do nosso próximo passo, que hesitemos demasiadamente antes de tomar uma decisão, ao ponto de perdermos as oportunidades quando elas se apresentarem a nós.
Naturalmente, não nos incomoda encontrar provérbios aparentemente contraditórios em nossa própria sabedoria cultural. Mas quando os descobrimos na Bíblia, nos encontramos lutando com perguntas sobre a confiabilidade das Escrituras. Deixe-me citar um exemplo bem conhecido. O livro de Provérbios diz: “Não responda ao insensato com igual insensatez” (26:4a). No versículo seguinte, lemos: “Responda ao insensato como a sua insensatez merece” (26:5a). Como podemos seguir essas instruções opostas? Como ambas podem ser declarações de sabedoria?
Novamente, conforme o exemplo dado acima, a resposta depende da situação. Há certas circunstâncias nas quais não é sábio responder ao tolo segundo a sua tolice, mas há outras circunstâncias nas quais é sábio responder ao tolo segundo a sua tolice. Provérbios 26:4 diz: “Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia, para que não te faças semelhante a ele (grifo nosso). Se alguém está falando tolices, geralmente não é sábio tentar falar com ele. Tal discussão não levará a lugar nenhum, e aquele que tenta continuar a discussão com o insensato está em perigo de cair na mesma tolice. Em outras palavras, há circunstâncias em que é melhor ficarmos calados.
Em outras ocasiões, todavia, pode ser útil responder ao tolo segundo a sua tolice. Provérbios 26:5 diz: “Responda ao insensato como a sua insensatez merece, do contrário ele pensará que é mesmo um sábio (grifo nosso). Apesar de ser mais conhecida como uma forma de arte utilizada pelos antigos filósofos gregos, os hebreus já entendiam e usavam, por vezes no ensino bíblico, uma das formas mais eficazes de argumentação. Refiro-me reductio ad absurdum, que reduz o argumento da outra pessoa ao absurdo. Por meio dessa técnica é possível mostrar a uma pessoa a conclusão necessária e lógica que flui de seu argumento e, então, demonstrar que as suas premissas levam, em última análise, a uma conclusão absurda. Portanto, quando uma pessoa possui uma premissa tola e dá um argumento tolo, isso, às vezes, pode ser usado de forma muito eficaz para responder ao tolo segundo a sua tolice. Você entra em seu território e diz: “Certo, eu vou assumir o seu argumento, levá-lo à conclusão lógica e te mostrarei a tolice que há nele”.
Assim, o livro de Provérbios tem o objetivo de nos dar orientações práticas para experiências diárias. É um tesouro negligenciado do Antigo Testamento, com riquezas incalculáveis em suas páginas, que está à nossa disposição, com o intuito de guiar as nossas vidas. Ele detém conselho real e concreto, que vem da mente do próprio Deus. Se quisermos sabedoria, esta é a fonte da qual devemos beber. Aquele que é tolo negligenciará esta fonte. Aquele que está com fome da sabedoria de Deus beberá sempre dela. Precisamos ouvir a sabedoria de Deus para darmos fim às muitas distrações e confusões da vida moderna. Porém, como deve acontecer em toda a Palavra de Deus, precisamos ser zelosos para aprender a lidar com o livro de Provérbios corretamente.

Texto encontrado aqui.