quarta-feira, 2 de junho de 2010

O maior problema do mundo

   Quero deixar um protesto aqui. Quero, pois eu não posso deixar de falar. E o que vou falar me traz muita vergonha. Eu sinto uma dor enorme no coração em admitir alguns fatos que acontecem hoje no meu circulo social em comunhão com irmãos em Cristo.
   A verdade é que eu estou cansado de muita coisa e eu preciso falar. Eu estou cansado de, com 3 anos de convertido, ter que ser discipulador de pessoas que são velhas na fé. De ter que aguentar o problema dos outros e os meus. Quem me conhece em Cristo sabe que o mandamento de se preocupar primeiro com os interesses dos outros e depois os meus, eu o cumpro de todo meu coração (pelo menos eu me empenho para cumpri-lo). A questão é que com tão pouco tempo de convertido eu já estou aprendendo a resolver meus problemas em solitude, em momentos com Deus de intensa oração, de lágrimas, de joelhos doendo de tanto orar, de cabeça fervilhando de tanto estudar a Palavra, e de braços cansados de tanto estender a mão.
   Sou grato pelo que aprendi, no meu pouco tempo de convertido. Mas o que me deixa realmente bolado é que tão novo em Cristo (eu me considero uma criança ainda) eu tenho que me preocupar em ajudar quem tem 15 anos de convertido. Isso por conhecer mais de Cristo que estas pessoas. Parece muita soberba da minha parte, mas eu digo isso com o coração humilde e quebrantado na presença do Senhor, e Ele sabe que é verdade. Dói-me o coração ao ver essa situação.
   Sou eu quem deveria estar sendo ajudado. Eu tenho tanto que crescer, tanto problema do meu ser que ainda tenho que consertar, tanta bobeira que eu dou por ser imaturo, tanta mancada que eu poderia evitar se estivesse sendo auxíliado... Eu quem deveria estar maravilhado com tamanho conhecimento que meus irmãos mais velhos na fé possuem. Sou eu que deveria vê-los ensinar a conciliar conhecimento à prática. Mas o que vejo são pessoas que não conhecem o seu Senhor como deveriam conhecer, e que cometem tantos erros de criança. São tão imaturos que eu me disponho a, humildemente, ajudá-los. Eles estão no meu caminho, não posso ignorá-los.
   Por fim, meu desejo é que os que lerem esse artigo, voltem-se completamente para o Senhor para se tornarem auxílio dos mais jovens. Pessoas maduras na fé, prontas a ajudar na mesma medida em que são ajudadas pelos que o Senhor levanta para ajudá-los. Não reclamo de ajudar você não meu irmão. Faço dos seus problemas os meus. Mas se você fizer dos meus os seus, entraremos num acordo (de acordo com o bom senso e a necessidade de cada um) de qual deve ser prioritário. Mas o lamentável é que você pensa que seu problema é o maior do mundo.

2 comentários:

  1. E ai meu amigo, e irmão na fé! Essa situação não é facil mesmo não. Só queria fazer um comentário sobre as suas palavras. Com respeito a conversão, penso que não podemos sempre associar a distância temporal de uma primeira experiência com Cristo à maturidade Espiritual. Isso porque, assim como um piloto de avião não é avaliado por quanto tempo tem que ele se graduou em avição, mas sim em quantas horas de vôo ele tem. Assim também, os crentes devem ser considerados maduros, não necessáriamente pelos muitos aniversários de suas conversões, mas sim pelas provações que foram expostos e considerados aprovados pelo Senhor.
    Gostaria de falar que compartilho da sua revolta e que tem um versículo que me consola, nas horas de maior desânimo:
    1 Coríntios 15:58

    Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.

    Fica na PAZ meu irmão!

    Pr. Lucas Batista Quintino

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  2. Verdade Luquinhas. Tem também aquilo que o tempo de Deus não é o nosso e ele capacita os seus segundo os seus propósitos. Mas que dá um aperto no coração de ver tanto crente perdendo tempo assistindo novela, mechendo no msn, fofocando, no lugar de procurar passar um bom tempo com o Senhor em oração, leitura da palavra e meditação =/ Vlw pelo comentário =]
    Graça e Paz irmão

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