Primeiro, o que é castigo? Castigo é encarado como uma punição por um ato, como caráter retributivo (você quebrou, você concerta. Se não pode, você paga pelo prejuízo), mas também como algo educativo, quando um pai, e.g., não quer que o filho pague o estrago, mas que aprenda que estragar é errado.
Se encaramos o castigo com a concepção de caráter retributivo, então estamos corretos em afirmar que Deus não castiga. Pelo menos não os filhos, uma vez que todo castigo pelo estrago feito de nossos erros já foram pagos por Cristo. ("Havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, tirou-o [Jesus] do meio de nós, cravando-o na cruz." Colossenses 2:14).
Agora se, por outro lado, conseguimos ver o caráter educativo, com função ética do castigo, então estamos de acordo com: "Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho.Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?"Hebreus 12:6-7
Assim, vale lembrar também que Deus não necessariamente castiga todo pecado cometido. Ele tem total legalidade para não punir, uma vez que todo o estrago já foi pago. Tem total legalidade pra não castigar de forma alguma, já que o Crente pode se encontrar profundamente arrependido e educado quanto ao malefício do tal deslize cometido.
Nestes termos, podemos concluir que Deus castiga sim. Não para punir, mas para educar, e isso, que fique claro, quando lhe aprouver fazê-lo. Não é regra que ele castigará. Se ele castigar, seus olhos não devem ver um carrasco, mas de um pai amoroso tirando a faca da mão de um bebê.