quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O Jesus Mórmon

   A Igreja Mórmon (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias) afirma que seus membros adoram Jesus Cristo. O Mormonismo afirma ser uma igreja cristã, mas ela não tem o mesmo Jesus dos cristãos. Os Mórmons, na verdade, adoram um falso Cristo. Continue lendo e veja porque.

   A Bíblia afirma que Jesus foi gerado pelo Espírito Santo e nasceu de uma virgem (Mateus. 1:18-25, Lucas 2:26-35). A Igreja Mórmon nega esta verdade. O segundo presidente da Igreja Mórmon declarou: "Jesus não foi gerado pelo Espírito Santo" (Jornal de Discursos, vol.1, p.51). Em verdade, o Jesus dos Mórmons foi gerado numa relação sexual entre Maria e Deus Pai (que possui um corpo físico). Um líder Mórmon escreveu recentemente: "foi a pessoa do Pai que gerou o corpo de Jesus " (O Vidente, p.158). O apóstolo atual dos Mórmons, Bruce Mc Conkie, fala de Cristo: "ele foi gerado, concebido e nascido no curso natural dos acontecimentos, ..." (Doutrina Mórmon, p.742).

   O Jesus da Bíblia é Deus. Ele sempre foi Deus (João.1:1
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.", Filipenses 2:6  "Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus," e Hebreus.1:8 "Mas, do Filho, diz: O Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de eqüidade é o cetro do teu reino."). Essa não é a verdade sobre o Jesus dos Mormons. De acordo com a Igreja Mórmon, Jesus tornou-se um deus. Joseph Smith declarou: "eu sempre declarei que Deus é uma pessoa distinta, Jesus Cristo, uma pessoa separada e distinta de Deus Pa,i e que o Espírito Santo é uma pessoa distinta e um espírito; e que estes três formam... três deuses". (História da Igreja, vol.6, p.474).
   Em outubro de 1984 um apóstolo mórmon declarou: "Qualquer um que crê e ensina sobre Deus Pai e aceita a divindade de Cristo e do Espírito Santo ensina a pluralidade dos deuses" (Insígnia, nov. 84, p.68). O apóstolo mórmon Bruce Mc Conkie disse: "o Senhor Jesus trabalhou pela sua própria salvação" (Nossa Relação com o Senhor, p.9).

   Na Bíblia Jesus é adorado (Mateus.8:2
"E, eis que veio um leproso, e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.", Marcos.5:6 "E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.", Lucas 24:52 "E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém.", João 9:38 "Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou." e Hebreus 1:6 "E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem."). O Mormonismo diz que Jesus não deve ser adorado. Bruce Mc Conkie declara: "nós não adoramos o Filho" (Nossa Relação com o Senhor, p.5). Para um Mórmon, Jesus é apenas "um membro importante da divindade" (Insígnia, Jan/84, p.17).
   O Jesus bíblico foi o mais misericordioso de todos os homens. Ele declarou: "pois o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las" (Lucas 9:56 ). Ele mostrou isso nos acontecimentos que envolveram sua crucificação e ressurreição. Ele foi escarnecido, cuspido, esbofeteado e açoitado. Os soldados de Pilatos coroaram-no de espinhos. Mesmo assim, Jesus não tentou defender-se, ele que tinha o poder de invocar milhares de anjos para socorre-lo (Mateus 26:53
"Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos?") Quando os soldados o pregaram na cruz, Cristo orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34). Em sua morte houve um terremoto e o véu do santuário se rasgou em duas partes, sem causar, porém, qualquer outro dano (Mateus 27:50-51 "E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;"). Na sua ressurreição houve outro terremoto, que também não causou dano algum. Em vez disso, "abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos que dormiam ressuscitaram" (Mateus 27:52).

   Este não é o Jesus dos Mórmons. O Livro de Mórmon registra os eventos que supostamente aconteceram no Hemisfério Ocidental por ocasião da morte de Cristo. Segundo esses registros, 16 cidades foram destruídas com todos os seus habitantes, alguns tendo sido queimados, outros submergidos no mar e alguns outros sepultados sob toneladas de terra e pedras. O Livro de Mórmon narra que aqueles que "mataram e apedrejaram os profetas e os baniram" forma poupados, enquanto mulheres e crianças inocentes morreram (3 Nefi 8:25). Quando se completou a destruição, uma voz foi ouvida assumindo a responsabilidade pelas vidas destroçadas e as cidades transformadas em escombros. De acordo com o Livro de Mormon, a pessoa responsável por tal carnificina foi "Jesus Cristo, o Filho de Deus" (3 Nefi, 9:15). Em lugar de Salvador, o Jesus dos mórmons é um assassino. O cristo da Bíblia veio "para dar vida" (Jo.10:10
"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância."). O Jesus dos mórmons é o responsável pela morte de milhares e milhares. Tradução de Mary Schultze para o CPR

   Os líderes mormons já admitiram que eles crêem num outro Jesus. O oficial da Igreja Mórmon declarou: "é verdade que muitas das igrejas cristãs adoram um Jesus Cristo diferente do Jesus dos Mormons" (Insígnia, maio 77, p.26).
   Não há salvação na adoração de um falso Cristo (Mt.24:24). Um Jesus que não seja o verdadeiro Jesus da Bíblia não tem poder para salvar. Somente depositando confiança total no Jesus da Bíblia é que se pode obter vida eterna. Paulo alertou sobre "outro Jesus" em 2 Co.11:4. O Jesus dos Mormons é outro Jesus! Confiar no Jesus do Mormonismo nunca vai nos levar à vida eterna. A Bíblia apresenta o verdadeiro Jesus e o verdadeiro plano de salvação. Só o Jesus da Bíblia pode oferecer salvação eterna. "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos" (At.4:12).

   Como se pode alcançar a vida eterna? A Bíblia ensina: "Crê no Senhor Jesus, e serás salvo" (At.16:31). Crer não significa ter apenas um conhecimento superficial sobre Jesus como Salvador ou simplesmente dizer que se crê nele. O verbo crer na Bíblia significa colocar total confiança em Cristo e depender somente dele para ter a vida eterna. Ser membro de igreja não significa estar salvo. Batismo não salva. Boas obras e boa moral não salvam. Somente a graça de Deus, através da fé em Jesus Cristo, pode oferecer a vida eterna. A Bíblia diz: "eu publicarei essa justiça tua; e quanto às tuas obras, elas não te aproveitarão" (Isaías. 57:12). Jesus disse: "a obra de Deus é esta, que creiais naquele que por ele foi enviado" (Jo.6:29).

   Não ponha sua confiança numa igreja, nem no batismo, nem nos profetas e, muito menos, num falso Cristo. Ponha sua fé somente no Jesus da Bíblia. Ele promete que "todo aquele que nele crê não perece, mas tem a vida eterna" (João 3:16). E faz um convite especial: "Vinde a mim, todos vós que estais cansados e sobrecarregados, eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas" (Mateus 11:27-28).

[Ministério CACP]

domingo, 24 de outubro de 2010

Crer é também pensar - John Stott (Resenha)

Uma introdução à apologia ao intelectualismo cristão responsável
   Esse pequeno livro, de uma forma bem resumida, em essência, faz uma crítica 'bem feitinha' ao anti-intelectualismo que permeia o cristianismo de nossos dias.
   No primeiro capítulo, entitulado CRISTIANISMO DE MENTE VAZIA, ele busca criticar os argumentos dos partidários do antiintelectualismo. Pra começar, é uma atitude anti-bíblica o ter zelo sem entendimento (Rm 10.2).Stott começa criticando o ritualismo dizendo que ele torna-se um fim em si mesmo e acaba por ser fútil. Logo vem o argumento dos ecumênicos que, taxando a doutrina e a teologia de perniciosa, se agrupam para fins sociais. O problema é que a motivação que eles tem para fazer essas 'tarefas socias' é procedente de um conceito (doutrina) bíblico. Assim eles não ignoram a doutrina coisa alguma! Por fim existem os 'cristãos' (se é que podem ser chamados assim) que afirmam que o que vale é a experiência e não a doutrina, abrindo as portas para o subjetivismo e a arbitrariedade sem fim.
    No segundo capítulo, entitulado POR QUE USAR NOSSA MENTE?, Stott busca mostrar "alguns argumentos _ tanto seculares como cristãos_ a favor da importância do uso de nossas mentes" (p.10). Começa argumentando que o que move o mundo são as idéias, dando exemplos históricos. Logo vem o argumento que a capacidade racional é um atributo de Deus comunicado ao homem (inferência de Gn 2, 3; imago Dei; etc...), e contra a objeção da depravação total, que 'atrapalha' o raciocínio, Stott acertadamente nos lembra que ela, a depravação, na verdade afetou as emoções e tudo o mais no homem, de modo que, se não confiamos no raciocínio, não devemos confiar em nada mais. O argumento seguinte é o de que a revelação pressupõe capacidade de discernimento racional, uso da mente. O subsequente argumento é o de que a regeneração nos imputa (quem sabe 'nos guia' é um termo mais adequado) o discernimento e o entendimento de Deus. Por fim, todos serão julgados pelo que conhecem, até os que não ouviram o evangelho (cf. Rm 1.18ss), e esse quesito naturalmente (óbviamente, claramente...ente) envolve nossa mente!
    No terceirto capítulo, intitulado A MENTE NA VIDA CRISTÃ, Stott descreve " seis aspectos da vida e responsabilidade cristãs, nos quais a mente tem uma função indispensável." (p.10). Para cultuar, ela é indispensável, pois a adoração e louvor a Deus é baseada no que conhecemos sobre Deus e seus feitos. A fé, tida como ilógica ou destituída de razão, também exige o uso de nossas mentes. Ela difere de credulidade (fideísmo ?) e de otimismo, conciste em uma confiança racional e considera o objeto dela. A santificação exige o uso da mente também, Owen, apud Stott, diz: "o bem que a mente não é capaz de descobrir, a vontade não pode escolher, nem as afeições podem se apegar". Portanto, " na Escritura o engano da mente comumente se apresenta como o princípio de todo pecado". Para discernir a vontade de Deus é nescessário o uso da mente também. Stott faz a oportuna distinção entre vontade geral e específica. A apresentação do evangelho também considera o uso da mente. Podemos ver isso no uso de termos como 'persuadir' usado por Paulo ou Lucas o citando. Por fim, o ministério e os seus dons exigem a capacidade intelectual dos presbíteros para ensinarem e instruírem.
    No fim de tudo, no último capítulo, o anti-intelectualismo é errado, mas o superintelectualismo também é prejudicial. Que a intelectualidade dite a piedade e a responsável vida cristã.

Por: Lucio A. Oliveira (meu irmão)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Provas históricas dos registros bíblicos


   O maior, melhor e mais confiável documento de todos os tempos é a Bíblia. Suas afirmações são continuamente confirmadas, como mostra o artigo a seguir.
   Novas escavações, achados arqueológicos, escritos antigos, descobertas surpreendentes e avanços no conhecimento científico confirmam o que a Bíblia diz. Um recente documentário da BBC comprovou que o êxodo dos israelitas do Egito foi real.


Os registros bíblicos poderiam estar certos

   O relato bíblico da saída do povo de Israel do Egito pode ser comprovado cientificamente. Segundo um documentário da televisão britânica BBC, os resultados de pesquisas científicas e os achados e estudos de egiptólogos e arqueólogos desmentem a afirmação de que o povo de Israel jamais esteve no Egito. Contrariamente às teses de alguns teólogos, que afirmam que o livro de Êxodo só foi escrito entre o sétimo e o terceiro séculos antes de Cristo, os pesquisadores consideram prefeitamente possível que o próprio Moisés tenha relatado os fatos descritos em Êxodo – o trabalho escravo do povo hebreu no Egito, a divisão do Mar Vermelho e a peregrinação do povo pelo deserto do Sinai. Eles encontraram indícios de que hebreus radicados no Egito conheciam a escrita semita já no século 13 antes de Cristo. Moisés, que havia recebido uma educação muito abrangente na corte de Faraó, teria sido seu sábio de maior destaque. E isso teria dado a ele as condições para escrever o relato bíblico sobre a saída do Egito, conforme afirmou também um documentário do canal cultural franco-alemão ARTE.

Pragas bíblicas?

   Segundo o documentário, algumas inscrições encontradas em palácios reais egípcios e em uma mina, bem como a descrição detalhada da construção da cidade de Ramsés, edificada por volta de 1220 a.C. no delta do Nilo, comprovariam que os hebreus realmente viveram no Egito no século 13 antes de Cristo. A cidade de Ramsés só existiu por dois séculos e depois caiu no esquecimento, portanto, o relato só poderia vir de uma testemunha ocular. Também as dez pragas mencionadas na Bíblia, que forçaram Faraó a libertar o povo de Israel da escravidão, não poderiam ser, conforme os pesquisadores, uma invenção de algum escritor que viveu em Jerusalém cinco séculos depois...


Moisés recebeu a lei no monte Karkom

   Do mesmo modo, o mistério do monte Horebe, onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos, parece que está começando a ser desvendado pela ciência. No monte Sinai, onde monges do cristianismo primitivo imaginavam ter ocorrido a revelação de Deus, os arqueólogos nunca encontraram qualquer vestígio da presença de 600.000 homens. Em contrapartida, porém, ao pé do monte Karkom, localizado na região fronteiriça egípcio-israelense, foram encontrados os restos de um grande acampamento, as ruínas de um altar e de doze colunas de pedra. Essa concordância com a descrição no livro de Êxodo (Êx 24.4 Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR, e levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;) provaria, segundo citação dos cientistas na BBC, que o povo de Israel realmente esteve por um certo tempo no deserto". (Idea Spektrum, 8/2000)
[artigo extraído de uma compilação]

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Peixe, Símbolo do Cristianismo?


   Sim, o peixe foi um dos símbolos do Cristia­nismo. O peixe era alimento básico entre os ju­deu. Embora duas vezes tenha sido objeto de mi­lagre, e assim como o pão tornou-se símbolo de Cristo, assim também o peixe pôde ser lembra­do como provisão de Deus. Uma vez que o pei­xe era um alimento essencial, a profissão de pes­cador era comum. O Senhor Jesus usou a figura do pescador e da pesca para exemplificar o discipulado e a abrangência do Reino de Deus.

   Os ministros de Deus são chamados pescado­res, porquanto procuram conquistar os homens para Cristo e para o reino (Mt 4:19; Mc 1:17; Lc 5:10).
   Como símbolo cristão, a palavra grega para peixe, ichthys, era dividida como segue: / (Je­sus); ch (Cristo); th (de Deus); y (Filho); s (Salva­dor). A frase grega, por inteiro, era: Ieosous Christós Theou hyiós, Soter, ou seja: Jesus Cris­to, Filho de Deus, Salvador.



   Tornando o mais famoso acróstico da Antigüidade e de toda a História, sem dúvida, foi criado pelos primitivos cristãos. Tomando as letras iniciais da frase grega Iesous Christós, Theou hyiós, Soter (Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador), que era escrita com uma palavra abaixo da outra, formou-se o acróstico ichthus (peixe), animal adotado como símbolo místico por esses religiosos. Eis o acróstico, em grego:


   Além de ser o acróstico mais conhecido, esse foi também o mais perigoso em toda a História. A prática do Cristianismo só se tornou totalmente liberada no início do século IV. Durante o primeiro século da Era Cristã, os cristãos foram perseguidos e presos. Muitos deles faleceram nas arenas romanas, lutando contra leões. A associação de qualquer cidadão romano com esse acróstico, sinal secreto de adesão à doutrina cristã, bastava para que ele se tornasse uma vítima da intolerância religiosa do Estado romano.
   Observe a imagem do peixe ainda preservada nas catacumbas romanas, onde os cristãos primitivos se encontravam para praticar secretamente o culto.
   O Peixe foi um dos primeiros símbolos cristãos, os cristãos para se identificarem desenhavam no chão o peixe, assim podiam conversar sobre Cristo com outro cristão, sem correr o risco de ser morto por um perseguidor, hoje esse simbolo continua a ser usado por algumas denominações cristãs.

Novo tópico (Literatura)

   Portanto, a partir de hoje, um novo tópico será criado com o intuito de colaborar com a apuração intelectual do leitor desse blog. É um tópico sobre livros, com resenhas literárias, a maior parte feita por meu irmão (gêmeo, mas parecido apenas na aparência, pois é, sem sombra de dúvidas, muito mais sábio que eu, se é que sou sábio de alguma forma). Também aqui estarão sugestões de livros (bem como a exposição do quanto são horríveis alguns e a sugestão para que não percam tempo lendo tais, como exemplo do livro "A Cabana", em artigo que já foi publicado antes dessa nova saudação saudação e da criação desse tópico).
   No mais, a graça e a paz do nosso Senhor Jesus Cristo;
na mesma fé,
Luciano Antônio de Oliveira [articulista]

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A genealogia documentada em Mateus 1.1-17 é diferente da apresentada por Lucas 3.23-38 - Por quê?

   Como Jesus pode ser a raiz de Davi se nas genealogias apresentadas nos evangelhos é José, seu padrasto, quem aparece como descendente de Davi?
    A genealogia documentada em Mateus 1.1-17 é diferente da apresentada por Lucas 3.23-38. Mateus escreveu seu evangelho para os judeus e, assim, a genealogia oficial traz em questão as credenciais messiânicas judaicas de Jesus, pois os judeus esperavam que o Messias fosse descendente de Abraão e raiz de Davi. Lucas escreveu seu evangelho para os gregos e, por isso, apresenta Jesus como perfeito, segundo a concepção da cultura helênica. O propósito de Mateus é mostrar Jesus como verdadeiro rei, e o de Lucas é mostrá-lo como verdadeiro humano. Mateus apresenta a linhagem legal de Davi e Lucas a linhagem natural. Tanto José quanto Maria eram descendentes de Jessé. Podemos apontar a genealogia de Lucas como sendo de ascendentes familiares de Maria e a de Mateus, de José. Esta pode ser uma explicação, pois na cultura judaica o homem, através de seu comprometimento com uma mulher, era tido como filho de seu sogro. Assim, embora Maria não seja citada, ela é, no entanto, representada por seu marido.


 

domingo, 17 de outubro de 2010

O desespero incessante da vida sem Deus


  

   Há ateus que se comprazem em afirmar que os teístas são pessoas iludidas pela crença em Deus. Muitos discordarão desta alegação, inclusive o autor deste artigo. Mas este texto não tem como foco analisar a suposta ilusão daqueles que crêem e sim, analisar uma ilusão  frequentemente compartilhada por muitos incrédulos: a idéia de que Deus é irrelevante para a questão do sentido da vida. Será que é coerente declarar a morte de Deus e, mesmo assim, afirmar alegremente que a vida possui sentido?

   Os cientistas afirmam que o universo está fadado a morrer. Como ele está em expansão desde o Big Bang, tudo que nele existe está se tornando cada vez mais distante. Com o passar do tempo, as estrelas perderão seu calor e irão morrer. Deste modo, o universo se tornará cada vez mais frio, e sua energia irá se esgotar. O espaço ficará repleto de cadáveres estelares que serão tragados por buracos negros. E até mesmo os buracos negros serão consumidos e irão se evaporar. Assim, todas as coisas estão condenadas a desaparecer sob os escombros de um mundo agonizante. Tudo o que foi construído pelo homem desaparecerá sem deixar nenhum vestígio. “Tudo aquilo que já formou você, as montanhas, as estrelas e tudo o mais será uma coisa só: um mar escuro de energia. Um mar cada vez mais frio, inerte. Sem nada nem ninguém para acender a luz.”
Neste cenário, faz alguma diferença fundamental o fato de o universo algum dia ter existido? Quer o universo tenha surgido ou não, no final das contas o resultado é o mesmo: um vazio negro, frio e inerte. Assim, como tudo acaba em nada, não faz diferença nenhuma se algo existiu ou não. Portanto, o universo não tem um sentido fundamental.
   Este mesmo raciocínio pode ser aplicado ao ser humano. Se Deus não existe, o homem está condenado a desaparecer como se nunca houvesse existido. Deste modo, no final das contas, não fará diferença nenhuma o fato de algum homem ter surgido sobre a face da terra. A humanidade, portanto, não tem mais importância do que um enxame de mosquitos ou uma vara de porcos, pois seu fim é o mesmo. O mesmo processo cósmico cego e mecânico que a vomitou no início um dia acabará por engoli-la.
   No final, todos os esforços humanos terão sido em vão. A contribuição dos cientistas para o avanço da ciência, os esforços dos pacifistas para promover a paz, as pesquisas médicas para descobrir a cura de doenças, o trabalho dos humanitaristas para erradicar a pobreza – no final, tudo o que custou tanto para ser conquistado, muitas vezes à custa de inúmeras vidas, desaparecerá como se nenhum esforço houvesse sido realizado. Desta forma, tudo acaba em nada e, portanto, o homem é nada.
O filósofo William Lane Craig apresenta o quadro em que estamos inseridos:
“Se cada pessoa deixa de existir quando morre, que sentido fundamental pode ser dado à sua vida? Realmente faz diferença se ela existiu? Pode ser dito que sua vida foi importante porque influenciou outros ou afetou o curso da história. Mas isso mostra apenas um significado relativo da sua vida, não um sentido fundamental. Sua vida pode ter importância relativa a certos acontecimentos, mas qual é o sentido fundamental desses acontecimentos? Se todos os acontecimentos não têm sentido, então que sentido fundamental pode haver em influenciá-los? No final das contas, não faz diferença.”
   Mesmo assim, muitos ateus insistem em dizer que a vida possui propósito. “A vida não vem com um manual de instruções indicando seu sentido”, dizem eles. “Somos nós que o criamos. E é isto o que faz a vida tão maravilhosa. Podemos escolher o que queremos, que sentido e que rumo queremos dar a ela.”
Inventar um sentido para a vida pode até ajudar uma pessoa a se sentir melhor. Mas esta invenção não passa de um auto-engano para ajudar a suportar a dura realidade da existência, visto que a vida continua sem sentido, em termos objetivos, da mesma forma.
   Se Deus não existe, o que é o homem? Ele é apenas um subproduto acidental da natureza que evoluiu recentemente em um ponto de poeira infinitesimal perdido em algum lugar de um universo hostil e sem sentido e que está condenado a perecer individualmente e coletivamente em um espaço relativamente curto de tempo. Nesta ordem de idéias, o homem é um mero produto do acaso e não há nenhum propósito em sua existência. E nenhuma tentativa de se inventar um sentido para sua existência poderá mudar estes fatos. Portanto, inventar um sentido para sua vida não passa de um exercício de auto-engano.
   Além de tudo, o universo não adquire sentido apenas porque alguém lhe atribui algum. Suponha que duas pessoas dêem sentidos diferentes ao universo. Quem tem razão? A resposta, é claro, nenhuma das duas. O mundo sem Deus permanece sem sentido em termos objetivos, não importa o que as pessoas pensem. Assim, atribuir um sentido ao universo não passa de um exercício de auto-engano.
   Mas por que esta discussão sobre o sentido da vida é tão importante? A resposta é que, para ser feliz, o homem necessita de um sentido para sua vida. Por quê? Porque o homem se alimenta de auto-estima. Uma auto-estima baixa pode levar facilmente à depressão e ao suicídio. E dificilmente alguém pode manter sua auto-estima em níveis elevados se passar a refletir sobre a falta de sentido da existência.
Assim, se Deus não existe, a vida não tem sentido. E se a vida não tem sentido, o homem que reflete sobre esta verdade terá uma dificuldade séria para ser feliz. Portanto, a existência de um Deus amoroso é uma peça importante para a construção da felicidade.
   A única solução que um ateu pode oferecer diante do absurdo da vida sem Deus é enfrentar este absurdo e procurar viver com coragem. O filósofo ateu Bertrand Russell, por exemplo, sugeriu que devemos construir nossas vidas “sob o firme fundamento do desespero incessante”:
“Que o homem é o produto de causas que não possuíam conhecimento do fim que estavam alcançando; que sua origem, seu crescimento, suas esperanças e crenças, seus amores e temores, não passam do resultado de colisões acidentais de átomos; que nenhum fogo, nenhum heroísmo e nenhuma intensidade de pensamentos e emoções podem preservar uma vida além do túmulo; que todo labor de todas as eras, todas as devoções, toda inspiração, todo brilhantismo do gênio humano estão fadados à destruição na grande morte do sistema solar e que todo o templo das conquistas humanas deve ser inevitavelmente soterrado debaixo dos escombros de um universo em ruínas – todas estas coisas, se não estão além das controvérsias, são quase tão certas que nenhuma filosofia que as rejeite pode ter esperanças de se sustentar. Somente sobre a base destas verdades, somente sobre o firme fundamento do desespero incessante, pode-se construir seguramente, de agora em diante, a habitação da alma.”
   Na hipótese de que o ateísmo seja verdadeiro, estamos diante deste quadro terrível sobre a condição humana. Mas se o Cristianismo é a verdade, então existe um poder de amor por trás do universo. Um poder pessoal de amor tão grande que todos os homens e mulheres, velhos e crianças são especiais para ele. Ele ama tanto o ser humano que há um significado em cada vida. Ele realmente sabe sobre a queda de todos os pardais e, até mesmo, os cabelos de cada pessoa estão contados.
   Por derradeiro, este texto não realizou nenhum esforço para demonstrar a existência de um Criador Divino. Também não houve nenhuma tentativa para se refutar a idéia de que a crença no sobrenatural é uma ilusão. Para se atingir estes objetivos seria necessário um espaço muito maior. Por esses motivos, o propósito deste artigo foi simplesmente o de enunciar as alternativas de forma clara. Se Deus não existe, a vida é um absurdo e o homem deve construir sua existência sobre o “firme fundamento do desespero incessante”, conforme palavras do filósofo ateu Bertrand Russell. Se o Deus cristão existe, todas as pessoas são especiais para ele e possuem valor e significado.
   É possível demonstrar racionalmente que o cristianismo é uma cosmovisão mais plausível do que o ateísmo. No entanto, mesmo se as evidências para o ateísmo e para o cristianismo fossem equivalentes, uma pessoa racional deveria escolher o último. Todo ser humano deve buscar a verdade e evitar o erro. Mas, se as evidências que suportam as duas cosmovisões são ambíguas, não parece sensato preferir o desespero e a ausência de sentido do que uma vida com propósitos.

Fonte [APOLOGIA.COM.BR]

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Divulgação (1)

   Em mais uma saudação (é bom que alguém esteja lendo as saudações pra entender melhor o blog) eu venho fazer um anúncio diferente. Dessa vez venho apresentar-lhes não algo no meu blog, como nas outras vezes, mas apresento-vos o blog de um amigo meu Think With Me! .
    Eu sou amigo do cara, então me torno principal suspeito para falar do blog, mas é bem mais do que puxar saco de um amigo. É falar de algo que pode ser comprovado por vocês. Nas palavras dele "é.. meu blog é mais cotidiano". É de fato o que representa o blog desse cara. Ele habilmente relaciona situações cotidianas no melhor estilo Rob Bell e linka isso com a inevitável vida com Deus que todo filho dEle experimenta.
   Eu de fato conheço o autor do blog, e sei que ele tem um coração parecido com o meu, mas isso não conta muito se você não me conhece. Mas acredite, é alguém que se preocupa em expor seus sentimentos, em ser alguém, mas sem deixar de ser cristão, sem deixar de se preocupar com o que o leitor está sentindo, ou com a repercussão de suas palavras ali. Portanto, com essa preocupação em mente e um raciocínio genial (sem hipérbole alguma) Thalys (vulgo Tallz) tem posts que me edificam muito. Vale a pena conferir, divulgar, acompanhar e orar por ele.
   Graça e Paz

A Falácia da Liberdade Poética

“De boas palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus; a minha língua é a pena de habilidoso escritor” (Salmo 45.1)

   Já reparou como existem novos compositores a cada dia criando músicas, escrevendo letras, gravando CDs, buscando lugar ao sol em plena praia badalada no verão? Nos últimos anos vimos a multiplicação de artistas evangélicos, das produções sem a devida qualidade musical, da conseqüente crise dos estúdios de gravação. Um amigo meu, dono de um estúdio maravilhoso em Belo Horizonte disse que há dez anos atrás seu estúdio era ocupado de manhã, de tarde e de noite. Vivia cheio de gente. Os crentes eram os que mais alugavam para ensaios e gravações. Hoje em dia todo mundo quer gravar em casa mesmo, no computador, com uma plaquinha de som mais ou menos, a abundância de repertório disponível.
   Este bom fonográfico tem ocasionado sérios problemas no repertório cristão: a superficialidade e o erro teológico nas letras, além da falta de reflexão acerca da impressão que as músicas causam por causa do estilo, bem como acerca da coerência entre a impressão e a expressão (a mensagem). A “impressão” tem a ver com o sentimento que a música comunica ou a atmosfera que ela gera, só pelo instrumental. Por exemplo, se você ouvir uma música, mesmo sem a letra, também poderá dizer se ela é alegre, triste, misteriosa, etc. Já a expressão tem a ver com o texto que ela subsidia. Então os compositores deveriam pensar se há coerência entre a letra (expressão) e a música em si (impressão). Isso, quando levado em conta na hora de escolher a música que será cantada no culto, favorece uma adoração apropriada sendo a música um meio.
Mas ainda quanto à “expressão”, o problema é quando a letra diz algo que não tem amparo na Bíblia. Os compositores e defensores das músicas ruins e fraquinhas de mensagem bíblica dizem que se trata de “liberdade poética”. Então eu poderia cantar na igreja “como Zaqueu, eu vou subir o mais alto que eu puder e chamar tua atenção”, embora, no texto de Lucas 19.1-10 nada disso tenha ocorrido no caso do baixinho cobrador de impostos, que, curioso para ver Jesus, subiu no sicômoro. Aliás, não foi Zaqueu quem chamou a atenção de Jesus, mas este tomou a iniciativa e, pelo contrário do que diz a letra da música, chamou a atenção de Zaqueu, pronunciando seu nome e se convidando para almoçar em sua casa (porque um publicano não poderia jamais convidar um judeu para comer em sua casa, pois não fazia parte da comunhão na sinagoga). O final do texto mostra claramente que não depende do pecador chamar a atenção de Deus. Antes, é Deus quem toma a iniciativa para salvar graciosamente o pecador: “porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido”. Em suma, cantam, ensinam e repetem a música, mesmo com seus erros doutrinários, porque, afinal, é a liberdade poética.
   Quero fazer uma consideração sobre a "Liberdade Poética". Esta liberdade tem sido alvo de apelos quando algo da letra é questionado. Veja bem, a liberdade poética sugere que o poeta é livre para não seguir determinadas regras gramaticais. É o caso da música que diz: "inútel, a gente somos inútel", do Roger (Ultraje a Rigor). No entanto, existem limites entre a liberdade e a coerência. Posso ser livre para escrever o que eu quiser, mas precisa ter coerência ou fazer algum sentido. Quando escrevemos poemas sobre o conteúdo bíblico, a liberdade poética se torna serva da Escritura Sagrada. Então podemos escrever com liberdade para nos expressar com os recursos da poética da língua portuguesa, mas com submissão total às Escrituras Sagradas.
   Para encerrar esta breve reflexão, pensemos no que devemos fazer então com a liberdade poética na hora compor ou de escolher o repertório do culto ou da vida. Podemos e devemos usar de todos os recursos que a poética da língua portuguesa nos oferece: a metáfora (dizer uma coisa em outros termos aproveitando a associação de semelhança de idéias), o paradoxo (aparente contradição), a zeugma (elipse do verbo), etc. Precisamos ser criativos na hora de escrever e exigentes na hora de ler. Valorize a boa poesia. Isso estimulará os poetas a escreverem melhor. Submeta sempre a liberdade poética à autoridade da Escritura. Se as explicações em demasia são necessárias antes da música, então ela não é apropriada. A letra deveria expressar claramente a verdade da palavra de Deus. Assim, que a liberdade poética não seja uma falácia para comunicar o erro, mas uma ferramenta para que a nossa poesia seja verdadeira e criativa.
Pr. Charles

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Eu não evangelizo



Se evangelizar é encontrar uma pessoa na rua e com toda cara de pau dizer "Jesus te ama" e dar as costas, eu não evangelizo.

Se evangelizar é tocar hino nas praças e ir para casa se achando o máximo, eu não evangelizo.

Se evangelizar é ir numa marcha para fazer propaganda de igreja e cantores, eu não evangelizo.

Se evangelizar servir para arrastar pessoas para igreja quando tem festinhas com comida e montar esquemas para ela se sentir bem-vinda somente naquele momento, eu não evangelizo.

Se evangelizar é entregar folhetos que serão jogados no chão e criará mais sujeira nas ruas, eu não evangelizo.

Se evangelizar é pregar com base para embutir culpa nas pessoas bombardeando-as com idéias de pecado e conseqüentemente o inferno para os maus e céu para os bons, eu não evangelizo.

Se evangelizar é convencer as pessoas a se protegerem do mundo dentro de uma igreja que acaba se tornando um bunker contra toda guerra espiritual e ofensivas do diabo, eu não evangelizo.

Se evangelizar é sistematizar o Evangelho, eu não evangelizo.

Agora se evangelizar é caminhar junto, estar presente na vida das pessoas, ser ombro amigo, chorar e rir em vários momentos, então eu creio que eu evangelizo.

Afinal entendo que o maior evangelismo de Cristo, foi estar ao lado, foi comer junto e presenciar toda a aflição e alegria do teu próximo.

Creio que evangelizar é sinônimo de relacionamento. O verdadeiro evangelho não é feito de seguidores e sim de amigos.

Portanto, se evangelizar é partilhar o pão nosso de cada dia, eu evangelizo.





Fonte: [ Lion of Zion ]

Nome de "igrejas" do sinhô Gézuis

    Possivelmente pela grande concorrência no "mercado" para conseguir fiéis, ou por exacerbada ignorância da Palavra da Verdade, essas igrejolas têm surgido por todo canto. Qualquer boteco fechado pode se tornar uma "igreja" hoje em dia. E os nomes são variados. Pra quem nunca se deparou com esses nomes circulando pela net, posto aqui vários nomes que, acredito eu, são de seitas que se denominam cristãs. Se alguma dessas por ventura é de fato de acordo com uma confissão de fé sadia e pautada na sã doutrina, peço que me perdoem, mas o nome continua sendo bizarro. Meus comentários estão entre parênteses, para dar um ar original de labor nos nomes que não foram coletados por mim =]

Igreja da Água Abençoada
Igreja Adventista da Sétima Reforma Divina
(quais foram as outras 6?)
Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder
(parece nome do golpe de algum pokémon)
Congregação Anti-Blasfêmias (poderiam começar a combater as blasfêmias pelo nome da própria igreja)
Igreja Chave do Éden
Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta (mas apreciação da vida torta que tem dinheiro)
Igreja Batista Incêndio de Bênçãos (se tem dilúvio de bençãos na música do PG, pq não Incêndio?)
Igreja Batista Ô Glória!
Congregação Passo para o Futuro

Igreja Explosão da Fé
Igreja Pedra Viva
Comunidade do Coração Reciclado
(não seria renovado?? Tem reciclado em alguma tradução?)
Igreja Evangélica Missão Celestial Pentecostal ( é uma missão pra anjo que fala em línguas?)
Cruzada de Emoções
Igreja C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)
Congregação Plena Paz Amando a Todos
Igreja A Fé de Gideão
Igreja Aceita a Jesus
Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém
Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo
Congregação J. A. T. (Jesus Ama a Todos)
Igreja Barco da Salvação
Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo
(mas quem rema são os "fiéis"!!!)
Igreja Pentecostal Uma Porta para a Salvação (existem outras?????)
Comunidade Arqueiros de Cristo
(essa é só uma parte do exército de krystu. E já são porretas!!! Espere até a achegada dos Fuzileiros e vai ver o que é pudê)
Igreja Automotiva do Fogo Sagrado
Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo (mas Band, SBT, MTV, enfim, todos os outros são de boa, mesmo quando passam pornografia??)
Assembléia de Deus do Pai, do Filho e do Espírito Santo (conheço uma aqui perto que é só de Deus mesmo...)
Igreja Palma da Mão de Cristo
Igreja Menina dos Olhos de Deus
Igreja Pentecostal Vale de Bênçãos
Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D’Água
(olha onde foram procurar fiéis...)
Igreja Batista Ponte para o Céu
Igreja Pentecostal do Fogo Azul
(de onde tiraram isso?????)
Igreja da Cruz Erguida para o Bem das Almas
Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade
(deve ser parente do Paulo Coelho)
Igreja Filho do Varão
Igreja da Oração Eficiente
(aah, esse deve saber palavras mágicas para fazer a oração ser atendida)
Igreja da Pomba Branca
Igreja Socorista Evangélica
Igreja ‘A’ de Amor (
'B' de baboseira, 'C' de cafajeste...)
Cruzada do Poder Pleno e Misterioso
Igreja do Amor Maior que Outra Força
(essa outra força é do Voldemort não é ? Só que não pode falar o nome. Mas eu sou esperto e já sei que pode.)
Igreja Dekanthalabassi
Igreja dos Bons Artifícios
(pra enganar o povo e ganhar dinheiro)
Igreja Cristo é Show (da fé?)
Igreja dos Habitantes de Dabir
Igreja ‘Eu Sou a Porta’
(pra onde?)
Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
Igreja da Bênção Mundial
Igreja das Sete Trombetas do Apocalipse
Igreja Pentecostal do Pastor Sassá
Igreja Sinais e Prodígios
(A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, 2 Tessalonicenses 2:9) 
Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul (qual profecia? Ah, já sei. Essa: 2 Pedro 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.)
Igreja do Manto Branco
Igreja Este Brasil é Adventista
(sério? onde fica?)
Igreja E.T.Q.B (Eu Também Quero a Bênção) (pensei em algo do tipo Eles Também querem Besteiras)
Igreja Evangélica Florzinha de Jesus
Igreja Cenáculo de Oração Jesus Está Voltando
Ministério Eis-me Aqui

Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia (destaque pro EU antropocentrico)
Igreja Evangélica A Última Trombeta Soará
Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos
Igreja Evangélica Facho de Luz
Igreja Batista Renovada Lugar Forte
(melhor que a do Barranco Sagrado)
Igreja Atual dos Últimos Dias
Igreja Jesus Está Voltando, Prepara-te
Ministério Apascenta as Minhas Ovelhas
Igreja Evangélica Adão é o Homem
(e o Romário é o cara, certo!?)
Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado (essa não é tão boa quanto a Batista Renovada do Lugar Forte. Aqui a "chuva" de bençãos pode complicar a situação)
Ministério Maravilhas de Deus
Igreja Evangélica Fonte de Milagres
Comunidade Porta das Ovelhas
Igreja Pentecostal Jesus Vem, Você Fica
(Ótimo, me convenceu. Vou entrar nessa.)
Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo
Igreja Evangélica Luz no Escuro
Igreja Evangélica O Senhor Vem no Fim
Igreja Pentecostal Planeta Cristo
Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
(todos tirados do sounds of christ?)
Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O presente


   Imagine a seguinte cena. É seu aniversário, e aquela tia rica foi convidada. Certamente, como todos os anos, ela vai ir à sua festa e, como sempre, te levar um presente formidável. Então, muita gente já chegou, e muitos te dão muitos presentes, uns que você realmente gostou, outros que... é, você "ganhou" e ta lá, naquele canto onde os presentes “não tão legais” ficam. Até que eis que chega a bendita. Você a recepciona na porta de sua casa, e se fingindo de bobo nem liga pro presente que ela trouxe. Mas dentro de você a expectativa é grande. Sua tia te conhece bem. Você sempre deixou bem claro do que gosta e você gosta, sei lá, de vídeo game. Então ela sorridente pega um embrulho dentro de sua caríssima bolsa e lhe entrega. Você mal pode esperar pra abrir. Ela, autoconfiante, pede para você abrir o presente na frente dela mesmo. Afinal, qual o problema, você sabe que vai gostar. Então finalmente você vê que não ganhou um cd original de um jogo inédito, nem nada do que você esperava, mas ganhou meias marrons com o símbolo do time que você não torce...
   Você não consegue conter a cara de desapontamento apesar de tentar forçar aquele sorriso amistoso. A expectativa era grande em torno do presente dela. É..., quem sabe no próximo ano.
   Mas a questão crucial nesse raciocínio está na desproporcionalidade da expectativa posta no presente e o real valor deste. 
   Já ouvi muita besteira sobre o céu. Muita gente falando coisas do tipo: "o céu vai ser muito chato, muito parado, muito monótono. Sei lá se eu ia querer isso. No inferno é que vai ser farra eterna." E as piadas são incontáveis sobre o tema. E de fato a visão que se tem de céu, difundida até mesmo entre os mais "religiosos", é uma visão totalmente equivocada. Vejamos por que.
  De fato Deus prometeu um presente para os que Ele salvar. Ap 21:3 "E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus." E essa promessa gera (ou deveria gerar) uma expectativa que motivasse o coração de todos aqueles que andam em juízo com Deus a superar qualquer adversidade nessa vida. Mas as piadas são levadas a sério, e a visão que se tem do céu é a mesma de quem recebe as meias marrons. É como se o céu pudesse não corresponder às suas expectativas.
   Agora eu queria um pouco mais de trabalho cefálico de sua parte pra entender uma coisa que é tão simples de se raciocinar, mas que talvez você não tenha parado pra fazê-lo até então. Se o criador da alegria lhe dissesse que tem algo que te geraria alegria eterna. Veja bem, algo que fosse uma alegria infindável (nada monótono, nada de decepção, nada de meias marrons). Agora imagine que esse criador conheça bem, e exatamente quais as coisas de que você mais gosta. Conhece até melhor do que você mesmo. Ele sabe te dar algo que quando você receber vai provavelmente pensar "Isso é o que eu sempre quis e nem sabia que existia...". Agora medite nesses textos:

Ap 3:4 "E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas."
Jr 17:9-10  "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?
Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações"
Pv 10:28 "A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá."

 A conclusão é dedutiva, mas caso você não tenha reparado, a situação é totalmente diferente da citada no início desse artigo. Primeiro que Deus prometeu algo que vai superar qualquer expectativa sua. Vai ser melhor do que se pode cogitar. Por fim, Deus conhece o coração de todo mundo e ele mesmo garante que será bom. Aquele que criou o sentimento que o seu coração "sente" quando considera algo bom (no sentido de desfrutar desse algo) está garantindo que será bom. Sem delongas, não é preciso exaustivamente dissertar sobre o raciocínio.
I Co 2:9 "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam."
  Portanto é lorota esses pensamentos incoerentes sobre o céu. Baseado na idéia de que será um lugar que vale a pena por toda a eternidade para todos os tipos de gostos, você Cristão, guie sua vida pensando nas coisas que são do alto (Cl 3:1-2 "Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra"). É uma esperança coerente, e mais impressionante que qualquer outra. É a perfeita (e única, como tal) promessa, insuperável e inigualável. Todas as outras são demasiadamente fúteis e irrelevantes diante da promessa do céu. Você, não cristão, procure conhecer Cristo e desfrutar dessa esperança viva e real, e junte-se aos verdadeiros filhos de Deus.


"Alegria é negócio sério no céu."
C. S. Lewis


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O "arroz" no meu suco

   Numa noite qualquer, eu chego em casa, faço aquele jantar show de bola, me preparo para assistir algo legal no PC antes de ir dormir. Tudo conforme a programação. Enquanto preparo o jantar eu resolvo fazer um suco. Pra minha surpresa e contentamento, eu vejo que eu ja tinha feito um suco a uns dias, e la estava ele na geladeira, intacto, como deveria estar, mas, alguma coisa estava errada...
   O suco tinha um arroz boiando dentro dele. Sim, um arroz (!). Quem me conhece sabe que eu tenho nojo de muita coisa (o que muita gente chama de frescura, mas que eu penso ser higiene). E um arroz ali era muito nojento. E se tivesse caído do prato de alguém? E se tivesse caído da colher de alguém? A quanto tempo aquele arroz estava ali? Enfim, como eu estava demasiadamente apressado em comer aquele modesto manjar (modesto manjar....!?!?!?!?!?) eu pensei "aah! É só tirar o arroz e beber. Vai dar nada". Fim das contas, eu peguei o arroz no dedo e pra minha total infelicidade, não era um arroz e sim uma larva de varejeira.
  Cara, você consegue imaginar o nojo que eu senti vendo aquele bixo mexendo no meu dedo? Eu sacudi a mão e aquele bixo caiu e foi embora pelo ralo da pia. Mas o nojo continuou. Lavei a mão diversas vezes. E joguei o suco todo fora. Vasculhei a geladeira e me perguntava: "como aquela coisa foi parar ali?" Vai ver tinha algo podre na geladeira. Mas a verdade é que quase não tinha nada na geladeira, então não demorei a verificar tudo e ver que não tinha nada podre, nem nada de onde esse bixo poderia ter vindo. De algum lugar ele surgiu. Humildemente eu descarto a abiogênese.
   O resultado foi que eu não consegui encontrar a origem daquela coisa nojenta, e fervi litros e litros de água e joguei pela casa para limpar qualquer lugar que aquela coisa poderia ter "andado" outrora. Fique cerca de dois dias cuidadosamente olhando cada alimento que eu comia, pra conferir se não era alguma larva estranha, ou qualquer coisa nojenta de se comer. Enfim, tudo limpo, e a sensação de segurança higiênica estava de volta.
   Você consegue ver do que se trata tudo isso? Eu e você somos, em nossos pecados, as larvas nojentas!!!
   Quando Deus criou tudo, viu que tudo era bom. Até o homem era perfeito ("muito bom") Gn 1:31 "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto." Mas é você, com seu pecado que estraga tudo. O pecado contaminou até mesmo o cosmos, e todo o universo está fadado ao fim. Somos criaturas nojentas e nada de bom que façamos hoje, pode afastar de nós o mal que cometemos no passado e que certamente cometeremos amanha, pois faz parte da nossa natureza corrompida.
   Pensando nisso, uma coisa me confortou. Deus não é um nojento como eu, mas com certeza tem nojo de uma coisa: do pecado. Ele não esquentou água pra lavar as nojeiras da larva do meu pecado. Ele usou seu sangue. Assim como eu não iria conseguir viver normalmente com aquele nojo, Deus não suporta o pecado, tanto que preparou o dia da execução da sentença que Ele mesmo dera na eternidade para o pecado: Inferno, punição eterna. Ele me pegou como um ser nojento (de obras nojentas), e sem nojo me acolheu. Por seu infinito poder e amor me transformou... Agora compartilhamos o mesmo nojo. E nisso (também) se conhece os filhos de Deus. Eles também têm nojo do pecado.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As confusões da "Cabana"


   Por: Dr. Paulo Romeiro*

   Já faz tempo que o liberalismo teológico tem assediado e invadido uma boa parte do campo evangélico brasileiro. Os prejuízos para a pregação do evangelho têm sido enormes. A decadência doutrinária aumenta com rapidez e muitos crentes estão cada vez mais confusos.
   Por várias décadas, o liberalismo teológico vem ganhando espaço nas denominações históricas e em seus seminários. Nos últimos anos, porém, alguns segmentos pentecostais foram atingidos por essa corrente de pensamento, algo inimaginável até então, pois, ser pentecostal significa crer no poder e na Palavra de Deus.
   A exemplo dos liberais, alguns pentecostais se julgam espertos o suficiente para duvidar de Deus e da sua Palavra. Hostilizar o cristianismo, exaltar a dúvida e questionar a Bíblia Sagrada tornou-se para muitos um sinal de academicismo e inteligência.
   É o que vemos hoje através das igrejas emergentes, que pregam uma ortodoxia generosa,¹ onde as verdades e temas vitais da fé cristã perdem sua importância. Tudo indica que há uma apostasia se instalando em muitas igrejas evangélicas, algo já predito na Palavra de Deus e que aponta para a volta de Cristo (2 Ts 2.3"Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,"; 2 Tm 4.1 ; 2 Tm 4.1-4 "Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" ; 2 Pe 2.1 "E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.").
   É num solo assim, fértil para a semeadura e crescimento de distorções das doutrinas centrais da fé cristã que surge o livro A Cabana² promovendo o liberalismo teológico e fazendo sucesso entre os evangélicos e a sociedade em geral.
   Este artigo apresenta uma breve análise, à luz da Bíblia, sobre esse best-seller a fim de responder algumas indagações de muitos cristãos.

I – Definições


Liberalismo teológico: Movimento da teologia protestante que surgiu no século XIX com o objetivo de modificar o cristianismo a fim de adaptá-lo à cultura e à ciência modernas.
   O liberalismo rejeita o conceito tradicional das Escrituras Sagradas como revelação divina proposital e detentora de autoridade, preferindo o conceito de que a revelação é o registro das experiências religiosas evolutivas da humanidade. Apregoa também um Jesus mestre e modelo de ética, e não um redentor e Salvador divino.

Pluralismo religioso: A crença de que há muitos caminhos que levam a Deus, que há diversas expressões da verdade sobre ele, e que existem vários meios válidos para a salvação.

Relativismo: Negação de quaisquer padrões objetivos ou absolutos, especialmente em relação à ética. O relativismo propala que a verdade depende do indivíduo ou da cultura.

Teologia relacional (teísmo aberto): Conceito teológico segundo o qual alguns atributos tradicionalmente ligados a Deus devem ser rejeitados ou reinterpretados. Segundo seus proponentes, Deus não é onisciente e nem onipotente. A presciência divina é limitada pelo fato de Deus ter concedido livre-arbítrio aos seres humanos.

II – O livro A cabana


A história do livro

   Durante uma viagem que deveria ser repleta de diversão e alegria, uma tragédia marca para sempre a vida da família de Mack Allens: sua filha mais nova, Missy, desaparece misteriosamente. Depois de exaustivas investigações, indícios de que ela teria sido assassinada são encontrados numa velha cabana.
   Imerso numa dor profunda e paralisante, Mack entrega-se à Grande Tristeza, um estado de torpor, ausência e raiva que, mesmo após quatro anos de desaparecimento da menina, insiste em não diminuir.
   Um dia, porém, ele recebe um bilhete, assinado por Deus, convidando-o para um encontro na cabana abandonada. Cheio de dúvidas, mas procurando um meio de aplacar seu sofrimento, Mack atende ao chamado e volta ao cenário de seu pesadelo.
   Chegando lá, sua vida dá uma nova reviravolta. Deus, Jesus e o Espírito Santo estão à sua espera para um “acerto de contas” e, com imensa benevolência, travam com Mack surpreendentes conversas sobre vida, morte, dor, perdão, fé, amor e redenção, fazendo-o compreender alguns dos episódios mais tristes de sua história (Informações extraídas da orelha do livro).
   O livro é uma ficção cristã, um gênero que cresce muito na cultura cristã contemporânea e comunica sua mensagem de uma forma leve e fácil de se ler. O autor, William P. Young trata de temas vitais para a fé cristã tais como: Quem é Deus? Quem é Jesus? Quem é o Espírito Santo? O que é a Trindade? O que é salvação? Jesus é o único caminho para Deus?

III – Pontos principais do livro³


1. Hostilidade ao cristianismo

“As orações e os hinos dos domingos não serviam mais, se é que já haviam servido... A espiritualidade do Claustro não parecia mudar nada na vida das pessoas que ele conhecia... Mack estava farto de Deus e da religião...” (p. 59).
“Nada do que estudara na escola dominical da igreja estava ajudando. Sentia-se subitamente sem palavras e todas as suas perguntas pareciam tê-lo abandonado” (81).

Resposta bíblica: Jesus disse que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua Igreja (Mt 16.18"Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;")
2. Experiência acima da revelação

   As soluções para os probemas da vida surgem de experiência extrabíblicas e não da Palavra de Deus. As alegadas revelações da “Trindade” são a base de todo o enredo do livro. Mesmo fazendo alusões às verdades bíblicas, elas não são a base autoritativa da mensagem.

3. A rejeição de Sola Scriptura

   A Cabana rejeita a autoridade da Bíblia como o único instrumento para decidir as questões de fé e prática. Para ouvir Deus, Mack é convidado a ouvir Deus numa cabana através de experiências e não através da leitura e meditação da Bíblia Sagrada.

Resposta bíblica: Rm 15.4: “Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança”.

2 Tm 3.16, 17: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a coreção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra”.

   A igreja não precisa de uma nova revelação, mas de iluminação para entender o que foi revelado nas Escrituras.

4. Uma visão antibíblica da natureza e triunidade de Deus

   Além de errar sobre a Bíblia, A Cabana apresenta uma visão distorcida sobre a Trindade. Deus aparece como três pessoas separadas, o que pode ser chamado de triteísmo.
   O autor tenta negar isso ao escrever: “Não somos três deuses e não estamos falando de um deus com três atitudes, como um homem que é marido, pai e trabalhador. Sou um só Deus e sou três pessoas, e cada uma das três é total e inteiramente o um” (p. 91).
   Young parece endossar uma pluralidade de Deus em três pessoas separadas: duas mulheres e um homem (p. 77). Deus o pai é apresentado como uma negra enorme, gorda (p. 73, 74, 75, 76, 79), governanta e cozinheira, chamada Elousia (p.76).
   Jesus aparece como um homem do Oriente Médio, vestido de operário, com cinto de ferramentas e luvas, usando jeans cobertos de serragem e uma camisa xadrez com mangas enroladas acima dos cotovelos, mostrando os antebraços musculosos. Não era bonito (p. 75).
   O Espírito Santo é apresentado como uma mulher asiática e pequena (p. 74), chamada Sarayu (p. 77, 101).

Resposta bíblica: Dentro da natureza do único Deus verdadeiro há três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. São três pessoas distintas, mas, não separadas como o livro apresenta. Além disso, o Pai e o Espírito Santo não possuem um corpo físico. Veja Jó 10.4 "Tens tu porventura olhos de carne? Vês tu como vê o homem?" (AQUI SE REFERINDO A DEUS, COMO SE VÊ NO VERSÍCULO2 DO CAPÍTULO 10 DE ); João 4.24 "Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade." e Lucas 24.39 "Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho."

5. A punição do pecado


   O livro apregoa que Deus não castiga os pecados: “Mas o Deus que me ensinaram derramou grandes doses de fúria, mandou o dilúvio e lançou pessoas num lago de fogo. — Mack podia sentir sua raiva profunda emergindo de novo, fazendo brotar as perguntas, e se chateou um pouco com sua falta de controle. Mas perguntou mesmo assim: — Honestamente, você não gosta de castigar aqueles que a desapontam? Diante disso, Papai interrompeu suas ocupações e virou-se para Mack. Ele pôde ver uma tristeza profunda nos olhos dela. — Não sou quem você pensa, Mackenzie. Não preciso castigar as pessoas pelos pecados. O pecado é o próprio castigo, pois devora as pessoas por dentro. Meu objetivo não é castigar. Minha alegria é curar. — Não entendo...”

Resposta bíblica: A Cabana mostra um Deus apenas de amor e não de justiça. Apesar da Bíblia ensinar que Deus é amor, não falha em apresentá-lo como um Deus de justiça que pune o pecado:

“A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.4).

“Semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (Rm 1.27).

“porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).

“E a vós outros, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Ts 1.7, 8). Cristo morreu pelos nossos pecados (1Co 15.3 "Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,").

6. O milagre da encarnação

   O livro apresenta uma visão errada da encarnação de Jesus Cristo: “Quando nós três penetramos na existência humana sob a forma do Filho de Deus, nos tornamos totalmente humanos. Também optamos por abraçar todas as limitações que isso implicava. Mesmo que tenhamos estado sempre presentes nesse universo criado, então nos tornamos carne e sangue” (p. 89).

Resposta bíblica: De acordo com a Bíblia, somente o verbo encarnou (Jo 1.14 "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."). Veja ainda Gl 4.4 "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,"; Cl 2.9 "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade"; e 1Tm 2.5 "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.".

7. Jesus, o melhor ou único caminho para o Pai?

   No livro, Jesus é apresentado como o melhor e não o único caminho para Deus: “Eu sou o melhor modo que qualquer humano pode ter de se relacionar com Papai ou com Sarayu” (p. 101).

Resposta bíblica: A Bíblia é muito clara ao afirmar que Cristo é o único que pode salvar: Is 43.11 "Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador."; Jo 6.68 "Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna."; Jo 14.6 "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim."; At 4.12 "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos."e 1 Tm 2.5 "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.".

8. Patripassionismo

   O livro promove uma antiga heresia denominada patripassionismo, que é o sofrimento do Pai na cruz: “O olhar de Mack seguiu o dela, e pela primeira vez ele notou as cicatrizes nos punhos da negra, como as que agora presumia que Jesus também tinha nos dele. Ela permitiu que ele tocasse com ternura as cicatrizes, marcas de furos fundos” (p. 86). “Olhou para cima e notou novamente as cicatrizes nos pulsos dela” (p. 92). “Você não viu os ferimento em Papai também”? (p. 151).

Resposta bíblica: A Bíblia mostra que foi Jesus quem sofreu na cruz e recebeu as marcas dos cravos e não o Pai ou o Espírito Santo. Veja João 20.20, 25, 28. (20) "E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor."; (25) "Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei."; (28) "E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!"

9. Universalismo


   A Cabana promove o universalismo, isto é, que todas as pessoas serão salvas, não importa a sua religião ou sistema de crença. “Os que me amam estão em todos os sistemas que existem. São budistas ou mórmons, batistas ou muçulmanos, democratas, republicanos e muitos que não votam nem fazem parte de qualquer instituição religiosa. Tenho seguidores que foram assassinos e muitos que eram hipócritas. Há banqueiros, jogadores, americanos e iraquianos, judeus e palestinos” (p. 168, 169).
   “Não tenho desejo de torná-los cristãos, mas quero me juntar a eles em seu processo para se transformarem em filhos e filhas do Papai, em irmãos e irmãs, em meus amados” (p. 169).
   Jesus afirma: “A maioria das estradas não leva a lugar nenhum. O que isso significa é que eu viajarei por qualquer estrada para encontrar vocês” (p. 169).

Resposta bíblica: Não há base bíblica para tais afirmações. A Palavra de Deus ensina que não existe salvação fora de Jesus Cristo. Apesar de o universalismo ser uma doutrina agradável, popular e que reflete a política da boa vizinhança, a Bíblia afirma que nem todos serão salvos: Veja Mt 7. 13 "Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela," 14 "E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem".; 25.31-46 "E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna."; 2 Ts 3.2 "E para que sejamos livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.".

NOTAS

* Pastor presidente da ICT - Igreja Cristã da Trindade; Presidente da Agir - Agência de Informações Religiosas

¹ Brian McLaren. Uma ortodoxia generosa. Brasília. Editora Palavra. 2007. Este livro promove muitas das propostas denunciadas neste estudo.

² YOUNG, William P. A cabana. Rio de Janeiro. Editora Sextante. 2008.

³ Algumas idéias foram extraídas de um trabalho publicado por Norman Geisler: “Norm Geisler Takes “The Shack”to the Wood Shed. Acessado em 18 de dezembro de 2008. www.thechristianworldview.com

BIBLIOGRAFIA

EVANS, C. Stephen. Dicionário de apologética e filosofia da religião. São Paulo. Vida. 2004.

NICODEMUS, Augustus. O que estão fazendo com a Igreja. São Paulo. Mundo Cristão. 2008.

PIPER, John et alli. Teísmo aberto: uma teologia além dos limites bíblicos. São Paulo. Editora vida. 2006.

WILSON, Douglas (org.). Eu não sei mais em quem eu tenho crido: confrontando a teologia relacional. São Paulo. Editora Cultura Cristã. 2006.

YOUNG, William P. A cabana. Rio de Janeiro. Editora Sextante. 2008.
 
# como de costume, meus grifos, e alguns versículos que o post não colocou, eu coloquei. Junto com os outros textos bíblicos, estão todos destacados em roxo. Tem um adendo meu, feito em CAPS LOCK)

"A divina revelação do inferno" (?????)

   Uma enxurrada de "tristestemunhos" de pessoas que supostamente estiveram no céu ou no inferno tem proliferado no meio dos evangélicos. São relatos extremamente sensacionalistas e repletos de aberrações teológicas, onde pessoas afirmam terem visto as coisas mais bizarras possíveis, tais como: armários com gavetas contendo pontas de cabelo, calças compridas e brincos; e demônios espetando com tridentes as pessoas (quase sempre irmãs que usavam calça comprida ou cortaram os cabelos ou irmãos que assistem televisão), caminhos e corredores diferentes no inferno, etc...

   Alguns até dizem terem visto o próprio diabo torturando as pessoas. Muitas igrejas convidam estes "irmãos santos" e "experientes" para testemunhar em suas igrejas [nestes dias, as igrejas lotam de curiosos para ouvirem os tais "testemunhos"] e livros e apostilas são feitos e vendidos com estas mentiras e baboseira, e é um destes livros - certamente o mais famoso deles - que iremos analisar aqui.
   O livro "a divina revelação do inferno" foi publicado originalmente em inglês com o título: "a divine revelation of hell", em 1993, nos Estados Unidos. A autora, Mary Kathryn Baxter, é "ministra" [as heresias já começam aqui: mulheres exercendo o oficio pastoral, o que é antibíblico] da Igreja Nacional de Deus, em Washington, EUA. Nasceu em Chattanooga, Tennessee, EUA. Segundo ela mesma relata, começou a ter "visões" de "deus" na década de 60, em Michigan; mas foi em 1976, que "jesus" teria aparecido para ela, na forma humana, em "sonhos", "visões" e "revelações", durante quarenta noites, e mandou-a transmitir as profundezas, degradações e tormentos das almas perdidas no inferno (pp. 183, 184).
   Entre as pessoas que indicam e apoiam o referido livro, encontra-se a Sra. Marilyn Hickey, que num de seus livros ensina ter Noé, sob o efeito da embriaguez, praticado atos homossexuais com seu neto Canaã, além de dizer que o homem possui a natureza de Deus, tornando-se participante de "todos os seus atributos" [Hickey, Marilyn. Quebre a cadeia da maldição hereditária. Rio de Janeiro: Adhonep, 1988, pp. 30-32, 98]. Percebe-se, pois, que a insensatez acompanha não apenas a obra indicada, mas também quem a indicou.


A visita ao inferno da Sra Baxter

   O "inferno" de Baxter é sui generis. Nada há igual. Ela usa e abusa de seu "talento artístico" para criar baboseiras "espirituais". Sua imaginação é fertilíssima.
   Baxter relata sua "visita" ao inferno nos seguintes termos: "...'jesus' veio a mim em 1976 (...). "jesus" levou-me ao inferno por um período de 40 dias. (...) No mesmo momento, minha alma foi retirada do meu corpo. Saí com "jesus" do meu quarto em direção ao céu. (...) Meu corpo permanecia na cama, enquanto o meu espírito ia com "jesus" através do telhado da casa. (...) Depois, começamos a subir cada vez mais e eu já podia ver a Terra embaixo. Saindo dela, de vários pontos, haviam tubos girando em direção a um ponto central, indo e vindo. Eles se moviam como gigantes, continuamente e envolviam a Terra toda. (...) "São os portões do inferno" (pp. 11, 16-18).
   Ela retrata o inferno como se fora um corpo humano. O livro tem alguns capítulos "interessantes", como, por exemplo: A perna esquerda do inferno (02), A perna direita do inferno (03), O ventre do inferno (07), O coração do inferno (10), O braço direito do inferno (13), O braço esquerdo do inferno (14), As mandíbulas do inferno (19) etc. Relata Baxter (aparentemente citando as palavras de "jesus"): "O inferno tem a forma de um corpo (semelhante à forma humana) deitado no centro da Terra. Ele tem a forma de um corpo humano - grande e com muitos compartimentos cheios de tormentos (...). O corpo está deitado de costas, com os braços e as pernas estendidas para fora" (pp. 31, 32, 52, 53).
   Ao visitar o "coração" do inferno (capítulo 10), juntamente com "jesus", ele a abandonou, entregando-a aos demônios. Ela conta que sofreu tormentos, foi aprisionada, ajoelhou-se diante de satã. Diz Baxter: "espíritos na forma de morcegos me mordiam por toda parte" (p. 90).
   Ao indagar de "jesus" a razão desse incidente, a resposta foi: "Minha filha, o inferno é real. Mas você jamais poderia ter certeza até que experimentasse por si mesma. Agora você sabe da verdade e o que é estar perdido para sempre lá. Você poderá relatar para os outros a sua experiência, sem sentir nenhuma dúvida" (p. 92). O "jesus" que conduziu a Sra. Baxter ao inferno não era o JESUS da Bíblia (II Coríntios 11: 4).
   O "jesus" da Sra. Baxter não se deu por satisfeito com o que ela conheceu e, após essa experiência traumática, enviou-a mais uma vez para os tormentos infernais, desta vez às mandíbulas do inferno (capítulo 20). Depois de entrar em colapso, ela declarou que queria "estar bem longe - longe de "jesus", da minha família e de qualquer pessoa" (p. 92). Certamente que o JESUS dos Evangelhos não submeteria nenhum de seus "irmãos" a horrendas atrocidades, como se Ele fosse um carrasco nazista.

   Algumas esquisitices que a Sra. Baxter diz ter visto no "inferno"

   Ratos e serpentes (p. 53). Como foram parar ali?;
   Uma alma - com coração e sangue - dentro de um caixão (p. 57). De que era feito esse caixão, só Baxter sabe;
   Uma mulher presa numa cela, cujas paredes eram de "barro" e a porta de "um metal escuro com barras e uma fechadura", e sentada numa "cadeira de balanço, balançando e chorando copiosamente" (p. 70). Pelo que parece, o inferno anda contratando pedreiro, ferreiro e carpinteiro.
   Satanás despachando com um grupo de mulheres, instruindo-as para enganar a muitas pessoas. De repente, "uma estante alta foi trazida para perto de Satanás e lá havia muitos papéis. Ele pegou alguns e começou a ler para as mulheres" (p. 63). De que eram feitos aqueles papéis que não queimavam nas profundezas ardentes do inferno de Baxter?

Aberrações Teológicas

a) Exaltação ao demônio

   O livro "a divina revelação do inferno", é um verdadeiro parque de diversões para os demônios, lá os homens penam no fogo e os demônios só curtem; uns espetam, outros torturam, outro tem uns 4 metros e fica brincando de lançamento de disco (literalmente). Um disco com muito enxofre e lago de fogo, onde são colocadas várias pessoas e o demônio fica jogando este disco de um lado para outro... (olimpíadas infernais?!?).

   No inferno de Baxter, Satanás jamais sofre; ao contrário, ele conta com um "centro de divertimento" (p. 80), onde ele e seus demônios deleitam-se com a desgraça alheia (p. 82). O apóstolo João, porém, diz que Satanás, ao invés de ter um "centro de divertimento", será atormentado pelos séculos dos séculos (Apocalipse 20:10).

b) Contradições

   O caráter contraditório das declarações por si só já desqualifica a "revelação" de Baxter. Por exemplo: na p. 16 encontramos a suposta declaração de "jesus" para ela: "Minha filha, levarei você até o inferno (...). Quero que escreva um livro e conte todas as coisas que vou revelar a você". Desobedecendo à ordem de "jesus", porém, ela comenta na p. 20: "Algumas coisas, por serem horríveis demais, não consegui passar para o papel". Ora, por mais que a mensagem a ser transmitida fosse dura, os profetas de Deus declaravam o que Ele ordenava, independentemente do que sentiam a esse respeito; tal foi o caso de Jonas, Jeremias, Oséias e outros. A Sra. Baxter mostrou claramente não possuir características próprias de um profeta de Deus. Para terminar o festival de contradições, diz: "Como obreira de Deus, submeti-me ao comando de 'nosso senhor jesus cristo' e registrei fervorosamente as coisas que me foram mostradas e reveladas por Ele" (p. 181). Baxter registrou ou não?!?

c) Negando a Trindade

   Baxter ensina no livro um conceito errôneo sobre a Trindade. Ela afirma ouvir de Deus, o Pai, o seguinte: "O Pai, o Filho e o Espírito Santo são uma única pessoa" (p. 158). Essa heresia, que não faz distinção entre as "pessoas" da Trindade, chama-se patripassionismo (ou modalismo, também conhecida como sabelianismo). Para os patripassianos, foi o próprio Pai que assumiu a natureza humana, sofreu, morreu e ressuscitou. Diziam que a expressão "Filho" refere-se à carne de Jesus (= natureza humana), e que "Pai" é o elemento divino unido à carne (= Deus). Hoje, muitas seitas ensinam tal heresia, como por exemplo, o Tabernáculo da Fé, Igreja Pentecostal Unida do Brasil, Igreja Voz da Verdade, Testemunhas de Ierrochua etc.

Conclusão

   Este livro é uma farsa e sua autora, Mary K. Baxter uma mentirosa e charlatã que se enriqueceu as custas de pessoas ingênuas e ignorantes biblicamente. Não há nada nas Escrituras (nem mesmo na literatura apócrifa) que apoie essa "visão" de Baxter, muito pelo contrário, pois:

1) A Bíblia não relata nenhum caso de pessoas que foram ao inferno e voltaram.

2) Ainda que alguém fosse ao inferno, não teria visto pessoas naquele lugar, pois o inferno ainda não foi inaugurado! Não confundir inferno (geena = lago de fogo e enxofre) com Hades [grego] / Sheol [hebraico] (lugar onde os ímpios estão aguardando o juízo; lugar de tormentos), que em algumas versões vem traduzido erroneamente como "inferno". Antes da ressurreição de Cristo todos que morriam iam para o Hades/Sheol [crentes e ímpios], porém lá havia uma separação [grande abismo] entre o lugar de descanso dos crentes e o lugar de tormento dos ímpios [Lc 19]. Após a Sua ressurreição, Cristo levou todos os crentes para o Céu, junto dEle, e os ímpios permaneceram no Hades/Sheol. Hoje quando um crente morre vai direto para o Céu [Paraíso], juntamente com Cristo; quando um ímpio morre, vai para o Hades/Sheol [que não é o inferno] aguardar o julgamento final.

3) O diabo não está no inferno e sim nos ares (Jo 1.7,2.2; Ef 6. 12) Jó 1.7 "Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela."
Jó 2.2"Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela."  (sim, são dois textos iguais)
Ef 6. 12 "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais."

4) O diabo será lançado no inferno somente após o milênio (Ap 20.10)
Ap 20.10 "E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre."

5) No inferno o diabo não irá brincar ou torturar ninguém, aliás, isto seria um prêmio para ele. No inferno ele também será atormentado (Ap 20.10b)
Ap 20.10b "... e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre."

6) Quem vai inaugurar o inferno é a besta e o falso profeta(Ap 19.20)
Ap 19.20 "E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre."

7) Os ímpios só serão lançados no inferno após o juízo final (Ap 20.11-15)
Ap 20.11-15 " 11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles.

12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo."

   Tudo o que precisávamos saber a respeito do inferno, Deus já revelou através da sua Palavra, a Bíblia. Não precisamos de nenhuma dona Baxter.
   Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. I João 4:1 "Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo."

*É queridos, presta bem atenção nas contradições, quanto absurdo fala esta senhora,
Como ela existem muitos (as), temos que estar atentos!!!!

Fonte: O Bereiano
 
* Como eu sei que tem muita gente que tem preguiça de procurar os textos bíblicos quando estão lendo um artigo, eu coloquei os textos após a referência de outra cor. Lembrando que essa é a única contribuição minha para o post, além dos meus já típicos grífos. (Luciano)